A diversidade de cobras existente no mundo surpreende. Mas se algumas são tão comuns a ponto de aparecerem em nossos quintais, outras quase não são vistas. É o caso da Antigua Racer (Alsophis antiguae), a cobra mais rara do mundo segundo o Guinness Book.
Essa cobra vive em Antígua e Barbuda, um país formado por três ilhas do Mar do Caribe. Porém, com o início da colonização pelos europeus, a espécie que era abundante começou a desaparecer e, hoje, é considerada criticamente ameaçada de extinção pela IUCN (União Internacional para a Conservação da Natureza), tanto que foi registrada como a cobra mais rara do mundo pelo livro dos recordes em 2004.
Os motivos para a redução da espécie são vários, mas um dos principais é a introdução do mangusto em Antígua. Esse mamífero é um predador de serpentes e, embora não seja natural do país, foi levado lá por colonizadores que esperavam que os animais matassem os ratos que prejudicavam as plantações de cana de açúcar.
Os planos não saíram como o esperado e o mangusto acabou dizimando a população de Antigua Racer, e a cobra mais rara do mundo chegou a ser considerada extinta. Contudo, em 1995, um grupo de biólogos encontrou cerca de 50 cobras dessa espécie em uma pequena ilha chamada Great Bird Island e, a partir daí, começaram novos esforços para salvá-la.
A Antigua Racer é considerada inofensiva para humanos e se alimenta, principalmente, de lagartos. Ela tem hábitos diurnos e não costuma caçar: sua técnica é ficar enterrada nas folhas à espera da presa ideal para uma emboscada.
A espécie, aliás, apresenta dimorfismo sexual, quando macho e fêmea têm aparência diferente. O macho adulto chega a cerca de 1 metro e é marrom com manchas claras, enquanto a fêmea é maior e apresenta coloração acinzentada com manchas em marrom claro.
O que sobrou da cobra mais rara do mundo
Atualmente, segundo a IUCN, a população de Antigua Racer é de cerca de 1 mil indivíduos. Embora o número tenha sido reduzido, as espécies invasoras ainda são um desafio para a preservação dessas serpentes, assim como as mudanças climáticas e até mesmo o comércio ilegal.
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