Arquivo da categoria: Cobras

Conteúdos curiosos sobre as cobras, um dos animais mais intrigantes da natureza

Cobra de 7 metros que aterrorizou vilarejo é capturada com cabra no estômago

Depois de botar pânico em um vilarejo na Malásia, uma cobra da espécie píton-reticulada com mais de 130 kg e 7 metros de comprimento foi, enfim, capturada pelos bombeiros. E ela não estava só: dentro do seu estômago, havia uma cabra que virou presa da serpente gigante durante sua passagem pela vila.

Encontrar uma cobra desse tamanho certamente é uma experiência assustadora e, por isso, assim que ela foi descoberta por um morador, os bombeiros foram correndo até o local. Aliás, foi o próprio “lanchinho” da píton que acabou tornando mais fácil encontrá-la e também capturá-la.

Afinal, engolir uma cabra não é tarefa fácil e o almoço avantajado acabou deixando a píton cansada e muito lenta, praticamente incapaz de se mover com o “bucho cheio”. Dessa forma, embora ainda tenham sido necessários quatro homens para derrubá-la, a cobra foi facilmente capturada.

Segundo o site de notícias Daily Mail, após ser resgatada pelos bombeiros, a píton-reticulada foi encaminhada ao Departamento de Vida Selvagem e Parques Nacionais da Península da Malásia e deve ser devolvida à natureza, longe dos humanos e das cabras.

Píton-reticulada é a cobra mais comprida do mundo

Essa píton-reticulada de sete metros de comprimento colocou medo em muita gente, mas saiba que os animais da espécie podem ser ainda maiores. Afinal, essa cobra nativa da Ásia que habita florestas e pântanos é considerada a mais comprida do mundo, podendo chegar a impressionantes nove metros de comprimento. 

Apesar de todo esse tamanho, ela não é venenosa e mata por constrição, isto é, depois de dar o bote, começa a se enrolar ao redor da presa e pressioná-la até que morra pela interrupção do fluxo sanguíneo. Aliás, em seu cardápio estão principalmente aves e mamíferos. 

Embora não seja tão comum, há casos registrados de pítons que engoliram seres humanos. Um deles aconteceu em outubro de 2022, na Indonésia, onde uma mulher de 54 anos foi encontrada dentro do estômago da cobra após sair para trabalhar e não voltar para casa.

Cobra abocanha camaleão em registro impressionante na África do Sul

O camaleão é um animal conhecido por conseguir variar alguns tons da pele, o que o ajuda em vários objetivos, inclusive em uma camuflagem contra seus predadores. Mas uma imagem impressionante registrada na África do Sul mostra que na ocasião, aparentemente, não houve tempo para isso, já que o animal foi abocanhado por uma ágil e venenosa cobra.

O registro foi feito pela fotógrafa Adele Sneyd, especializada em retratar a vida selvagem, durante um safári pelo país africano. Ao portal Latest Sightings, ela contou que estava dando um passeio quando notou o camaleão no meio da estrada e pensou que ele tivesse sido atingido por um carro, embora algo parecesse estranho naquela situação.

A fotógrafa seguiu observando quando, de repente, uma cobra saiu da vegetação às margens da pista e atacou o camaleão. Em seguida, um veículo passou pela estrada e a serpente voltou para a mata, enquanto o camaleão conseguiu chegar à lateral da pista. Adele pensou que a cobra não desistiria de sua presa tão facilmente e, por isso, se manteve dentro do carro para não afugentar os animais.

E ela teve sucesso, já que segundos depois a serpente voltou a sair da mata, desta vez, para atacar o camaleão com um golpe fatal. De dentro do seu veículo, em um ângulo não muito favorável, Adele conseguiu registrar o momento em que a serpente ataca o animal e, em seguida, o engole por inteiro de uma forma brutal.

Camaleão não foi páreo para uma das cobras mais venenosas da África

Foi só depois de fazer as imagens, já no acampamento, que Adele notou que a cobra em questão era uma Dispholidus typus, conhecida como boomslang na região. Essa espécie, apesar de ser tímida, é conhecida como uma das cobras mais venenosas do mundo graças ao seu potente veneno que pode causar hemorragia muscular e cerebral, além de ser capaz de matar até um humano.

Diante disso, parece que não haveria muita chance para o pequeno camaleão sobreviver, não é? Aliás, diante da uma experiência quase frente a frente com essa cobra tão letal, até a fotógrafa acostumada com a vida selvagem se disse mais atenta após o registro.

VÍDEO: Jacarés fazem “cabo de guerra” com sucuri em registro impressionante

Você já imaginou como seria se dois jacarés fizessem um cabo de guerra com uma sucuri? Pois isso não só aconteceu como ainda foi flagrado por turistas que viajavam pelo Mato Grosso do Sul em um vídeo impressionante e que vem viralizando na internet!

A cena surpreendente foi gravada às margens da BR-262, em uma região pantaneira entre as cidades de Corumbá e Miranda. O lago, aliás, é conhecido pela imensa quantidade de jacarés e ficou muito famoso por causa da chamada “Maria dos jacarés”, uma mulher que conseguia chamar os animais ao tocar berrante. Eurides Fátima Macena de Barros era dona de um bar perto dali e morreu em 2021, deixando os jacarés “aos cuidados” de seu filho.

Fato é que, dessa vez, além da quantidade de animais que impressiona, os jacarés resolveram fazer um cabo de guerra com uma sucuri, aparentemente já morta. No vídeo, cada um puxa a serpente para um lado até que um deles vence a disputa e sai nadando com a cobra na boca. “O almoço de jacaré aqui é assim”, narra o turista. Veja o vídeo:

Sucuris e jacarés são algumas das “estrelas” do Pantanal

O Pantanal é um bioma com flora e fauna muito ricos, e as sucuris e os jacarés são animais símbolo dessa riqueza, junto com a onça-pintada, o cervo-do-pantanal, o tamanduá-bandeira, o dourado, a ariranha, o tuiuiú e muito mais!

A sucuri-amarela é a maior cobra do Pantanal e pode medir até 4,5 metros. Apesar de todo esse tamanho, ela não tem veneno, e mata suas presas por constrição, isto é, sufocando-as até a morte. Esse animal se alimenta de peixes, aves e pode até comer mamíferos maiores, como capivaras.

Já o jacaré-do-pantanal pode alcançar até três metros de comprimento, 150 kg de peso, e é um predador voraz. Aliás, por causa dos seus dentes pontudos e que ficam visíveis mesmo com a boca fechada, ele é chamado também de jacaré-piranha.

Essa fauna exuberante, além de ser importante para o equilíbrio ecológico, ainda rende registros surpreendentes como este vídeo que mostra a luta dos jacarés pela sucuri. O mundo animal é mesmo incrível, não é?

Veneno que vira remédio e mais: veja 9 curiosidades sobre a jararaca

Quando se fala em uma cobra muito presente no Brasil, é comum que a maioria das pessoas pense na jararaca. Afinal, essa serpente venenosa coloca medo em muita gente pelo seu veneno, porém, para além dessa característica marcante, ela reúne outras curiosidades que a tornam um animal incrível. Confira!

1 – Vive em vários estados: a jararaca é tão famosa no Brasil porque está presente em vários estados, da Bahia ao Rio Grande do Sul, principalmente na Mata Atlântica, mas também no Cerrado, por exemplo.

2 – Fêmeas maiores: as fêmeas de jararaca podem chegar a 1,5 metro de comprimento, enquanto os machos não passam de 1 metro. Isso ocorre porque as fêmeas abrigam os ovos no próprio corpo para a reprodução, o que demanda mais espaço.

3 – Pode ter várias cores: as jararacas são muito conhecidas pela cor marrom em vários tons, mas as cobras dessa espécie também podem apresentar tons mais esverdeados, acinzentados e até mesmo amarelados.

4 – Maior causadora de acidentes: segundo o Ministério da Saúde, as jararacas representam 70% dos acidentes com cobras no Brasil, dominando esse ranking perigoso.

5 – Diversas espécies e nomes: há cerca de 30 espécies de jararacas no Brasil e elas são conhecidas também por nomes populares, como jararacuçu, caiçara, cotiara e urutu.

6 – Espécie ilhada: a chamada jararaca-ilhoa é encontrada em apenas um local, a Ilha de Queimada Grande, que fica no Sul de São Paulo.

Jararaca-ilhoa vive apenas em uma ilha de São Paulo – Nayeryouakim, CC BY-SA 4.0, via Wikimedia Commons

7 – No solo e no alto: as jararacas podem viver tanto no solo quanto em locais altos, como as árvores, o que varia conforme a espécie. E vale dizer que a variedade de cores ajuda na camuflagem.

8 – Se orienta pelo calor: as jararacas apresentam a chamada fosseta loreal, orifício entre os olhos e a narina que permite que elas se orientem pelo calor. Assim, essas serpentes localizam suas presas com mais facilidade na hora da caça.

9 – Veneno que vira remédio: o veneno que coloca medo em muita gente é também um aliado da saúde. Isso porque ele é usado para produzir alguns medicamentos, como o captopril, indicado para tratar hipertensão.

VÍDEO: Homem faz registro raro de dança de machos cascavel em luta por fêmea

No mundo animal, não faltam táticas para chamar a atenção das fêmeas e derrotar outros machos na busca pela reprodução. E um homem que passeava por um parque flagrou exatamente um momento como esse, onde dois machos de cobra cascavel “dançavam” em uma luta pela fêmea!

A gravação surpreendente e considerada rara foi feita em Indiana, nos Estados Unidos, por Nick Engler, em um local chamado Grubb Ridge Trail. Ele conta que caminhava pelo local quando notou as duas cobras e os movimentos peculiares que elas faziam.

Ele, então, sacou seu celular e começou a gravar toda a ação. No vídeo, é possível ver que as duas cobras enormes praticamente entrelaçadas uma à outra, tentando sempre estar com a própria cabeça em nível acima da cabeça do adversário. Confira o vídeo:

Segundo Nick, nenhuma cascavel saiu morta desse combate. Ele disse que após cerca de 20 minutos dessa dança entre machos, um deles simplesmente foi embora para a área de mata próxima. Já o vencedor, provavelmente encontrou com a fêmea após sair vitorioso.

Ao Daily Mail, Nick ressaltou que “a maneira como os machos foram suspensos verticalmente parecia aqueles vídeos de encantamento de cobra e simplesmente não parecia real no início”. “Nunca vi nada assim antes. Pelo que algumas pessoas cobras me disseram, isso é extremamente raro de testemunhar”, completou. Alguns comentários indicam que a espécie encontrada por Nick é a cascavel madeira, que ocorre entre o México e o Canadá.

Dança-combate da cascavel é forma de disputar as fêmeas

Oferecer presentes ou mostrar toda sua beleza não é o que vai fazer os machos cascavéis atraírem os olhares das fêmeas. Nessa espécie, é a dança-combate que dita qual deles vai ficar com a fêmea e, assim, conseguir a reprodução tão almejada no período de acasalamento.

Como mostra o vídeo raro feito por Nick Engler, já que não é muito comum ver as cascavéis em plena dança ao vivo, os dois machos se aproximam bastante e chegam a entrelaçar seus corpos durante o combate. O objetivo é manter a cabeça sempre em um nível mais elevado que a do seu oponente, obrigando-o a se abaixar com movimentos rápidos e certeiros. O vencedor ganha a fêmea.

Descubra 3 animais com nome de cobra, mas que não são cobras

Existem centenas de espécies de cobra em todo o mundo, mas você sabia que há animais com esse nome que, na verdade, não são cobras? Eles têm o corpo esguio, não apresentam braços e nem pernas e rastejam no chão, mas cobras não são! Confira quem são esses animais:

1 – Cobra-de-vidro

Com nome de cobra, a cobra-de-vidro é, na verdade, um lagarto! O seu corpo alongado e o hábito de rastejar acabam gerando a confusão, mas uma das diferenças entre essa espécie e as serpentes, por exemplo, é que ela tem pernas traseiras, embora pouco desenvolvidas.

Já o termo “vidro” que identifica o nome popular da espécie vem justamente de uma característica relacionada aos lagartos:  a cobra-de-vidro apresenta autotomia, ou seja, a possibilidade de soltar a própria cauda facilmente para se livrar dos predadores. 

2 – Cobra-cega

A cobra-cega é outra espécie que engana pelo nome! Embora seja muito semelhante com as cobras pela falta de patas e o corpo comprido, ela nem mesmo é um réptil. Também conhecida como cecília, essa espécie é na verdade um anfíbio, mesma classe evolutiva de animais como sapos e rãs.

Aliás, muitos aspectos demonstram a diferença entre as serpentes e a cobra-cega. Um deles é o habitat em que vivem: enquanto as serpentes são terrestres ou aquáticas, a cecília vive abaixo do solo. Aliás, são seus olhos pouco desenvolvidos, mas suficientes para esse habitat, que lhe dão o nome peculiar.

Cobra-cega – Gionorossi, CC BY-SA 4.0, via Wikimedia Commons

3 – Cobra-de-duas-cabeças

Já a cobra-de-duas-cabeças engana no nome todo: é que além de não ser uma serpente, ela também não tem duas cabeças! Na verdade, o animal é uma anfisbena e faz parte dos répteis, embora viva grande parte dos dias embaixo da terra, com olhos também pouco desenvolvidos.

O engano a respeito das duas cabeças ocorre porque a sua cauda tem a mesma grossura da cabeça, diferente das serpentes, em que a cauda é afunilada. E esse animal usa isso a seu favor, pois quando um predador aparece, levanta a cauda, fazendo com que ele se engane achando que se trata da sua cabeça!

Cobra-de-duas-cabeças – Jose Carlos RJ, CC BY 4.0, via Wikimedia Commons

Sem medo de cobra: conheça 3 animais que vencem lutas contra as serpentes

Com venenos letais e golpes assustadores, as cobras têm fama de perigosas não só entre humanos, mas também no mundo animal. Porém, há quem se arrisque e até tenha sucesso na luta contra as serpentes: estamos falando de três animais capazes de sair vencedores desses embates! Veja quem são eles e por que se dão bem contra as cobras:

1 – O mangusto

Quem gosta de ver vídeos de lutas envolvendo cobras provavelmente já conhece o mangusto. Esse mamífero carnívoro pode até parecer inofensivo quando visto de longe, mas sai vencedor de várias batalhas contra as serpentes graças aos seus reflexos rápidos.

Com cerca de 40 espécies, inclusive o famoso suricato, os mangustos se destacam pela mandíbula forte, capaz de imobilizar ou matar seu oponente em um só golpe. O couro grosso também é um aliado contra os ataques, assim como o organismo capaz de resistir ao veneno de algumas cobras.

Mangusto é capaz de matar cobras – Imagem de Smilla Svane por Pixabay

2 – A muçurana

E cobra comendo cobra, pode? Pode sim, e a muçurana é uma especialista nisso, já que é capaz de se alimentar até mesmo de cobras venenosas, como jararacas, cascavéis e urutus. Apenas uma serpente pode vencê-la no Brasil: a cobra coral-verdadeira, que tem o veneno mais letal entre as brasileiras.

A muçurana abrange diversas espécies que variam em tamanho e hábitos, porém, uma coisa comum a todas é que matam outras serpentes por constrição e, depois, engolem-nas por inteiro, começando pela cabeça a fim de evitar mordidas. Sem veneno, ela também é conhecida como cobra do bem.

Colega de espécie, mas inimiga – Geoff Gallice (https://www.flickr.com/photos/dejeuxx/), CC BY 2.0, via Wikimedia Commons

3 – O gambá

Embora seja conhecido pelo odor desagradável, o gambá parece um animal pacífico, não é? Mas não para as serpentes: inimigos das cobras há mais de 100 milhões de anos, eles acabaram se adaptando para se tornaram mais resistentes, e algumas vezes até imunes, ao veneno de suas inimigas.

O encontro das duas espécies é comum, pois ambas têm hábitos noturnos, e após tantos anos de luta, os gambás evoluíram para que pudessem atacar suas adversárias sem riscos à própria saúde. Isso ocorre, principalmente, entre animais que vivem na mesma região, como a Mata Atlântica.

5 coisas que você não sabia sobre a cascavel

Se você estiver caminhando por uma trilha e ouvir um barulho de chocalho, cuidado! É possível que você esteja bem perto de uma cascavel, uma das mais famosas cobras do Brasil! 

Mas além do seu guizo super conhecido, e que bota medo em muita gente, essa serpente também reúne outras características que chamam atenção. E para você conhecer mais sobre a cascavel, listamos 5 curiosidades sobre essa espécie, confira!

1 – Habita diversos biomas: a cascavel é tão conhecida pelos brasileiros porque está presente em diversos biomas do Brasil, como a Mata Atlântica, a Caatinga e o Cerrado. Vale destacar que essas serpentes preferem regiões mais abertas e com vegetação rasteira. E além de campos e pastagens, elas também podem ser encontradas em cultivos de café e cana de açúcar, por exemplo.

2 – Dança pela fêmea: quando chega a época de acasalamento, é na chamada “dança-combate” que os machos disputam uma mesma fêmea. Na prática, eles ficam bem próximos, às vezes entrelaçados, com o objetivo de manter a cabeça do oponente em nível mais baixo que a sua. Quem mantiver a cabeça mais elevada, ganha a dança e a companheira.

3 – Guizo não tem relação com a idade: é comum ouvir que a idade da cascavel pode ser calculada a partir do número de anéis que ela tem no guizo. Porém, isso não passa de um mito. Na verdade, essa característica tem relação com vários fatores, como disponibilidade de alimento e fatores ambientais, que impactam no crescimento das serpentes, assim como nas trocas de pele.

4 – Quanto mais anéis, mais barulho: o guizo da cascavel é feito de queratina e, ao contrário do que muita gente pensa, não há nada dentro dele que provoque o barulho. Na verdade, são os anéis que se sobrepõem uns aos outros e produzem o conhecido ruído de chocalho. Justamente por isso, quanto mais anéis, maior também é o som provocado pelo contato entre eles.

5 – Segunda maior causadora de acidentes: as cascavéis se alimentam de pequenos mamíferos e são conhecidas pelo comportamento calmo. Porém, quando se sentem ameaçadas ou provocadas, além de chacoalhar o guizo, também podem atacar, causando até o óbito das vítimas. No Brasil, segundo o Ministério da Saúde, cerca de 9% dos acidentes com cobras envolvem cascavéis.

E você, já sabia de tudo isso sobre a cascavel? 

Verme comum em pítons é descoberto em cérebro humano pela primeira vez

Uma descoberta impressionante impressionou o mundo da ciência e da medicina nesta semana: um verme comum em cobras píton foi encontrado no cérebro de uma moradora da Austrália. A situação é considerada inédita, já que essa larva nunca havia sido localizada no cérebro humano.

A idosa de 64 anos procurou os médicos no início de 2021, após começar a sentir sintomas como dor no abdômen, diarreia e até mesmo suores noturnos. Além disso, meses depois teve perda de memória e piora no quadro de depressão do qual já havia sido diagnosticada.

Um primeiro exame de ressonância magnética, já em 2022, detectou uma lesão no cérebro e, então, os médicos decidiram fazer uma biópsia no local. Porém, ao iniciarem o procedimento, notaram que a lesão era, na verdade, um verme com 8 cm de comprimento alojado no cérebro da idosa.

Com a descoberta, a paciente, que não foi identificada, passou por uma cirurgia para a retirada do verme. Meses depois, os sintomas não foram totalmente eliminados, mas ela obteve melhora. Todo o caso foi divulgado nesta semana, na revista científica Emerging Infectious Diseases.

Verme estava no cérebro da paciente – Emerging Infectious Diseases/Reprodução

Idosa pode ter tido contato com fezes da píton contaminadas com o parasita

O verme Ophidascaris robertsi é encontrado em cobras da espécie píton e acredita-se que tenha chegado ao cérebro da idosa por meio do contato com as fezes da cobra. A paciente, aliás, mora perto de um lago onde vivem algumas serpentes da espécie píton-tapete.

Ela contou que se alimentava de vegetais colhidos na região. Por isso, acredita-se que a ingestão dos alimentos ou o contato das mãos ou dos utensílios de cozinha com ovos do parasita tenha causado a contaminação pelo verme.

É a primeira vez que este verme em específico é encontrado no cérebro humano. Porém, outros parasitas já foram detectados diversas vezes, a exemplo da Taenia solium, popularmente conhecida como tênia do porco, que é ingerida por meio da carne suína e pode chegar ao cérebro, causando cisticercose cerebral.

“Este caso enfatiza o risco contínuo de doenças zoonóticas com seres humanos e animais interagindo de perto. Embora os nematóides O. robertsi sejam endêmico da Austrália, outras espécies de Ophidascaris infectam cobras em outros lugares, indicando que outros casos podem surgir globalmente”, alerta o estudo assinado pelo infectologista Mehrab Hossain, entre outros pesquisadores e médicos.

4 cobras que foram parar no Guinness por motivos impressionantes

Apesar do medo que muitas pessoas têm das cobras, elas costumam ser muito admiradas, tanto pelo seu poder contra os adversários na natureza quanto pela própria beleza das variadas espécies. Mas além disso, muitas serpentes também figuram no Guinness World Records em situações curiosas e, por isso, listamos 4 delas para você conhecer!

1 – Cobra viva mais velha em cativeiro

Uma anaconda verde chamada Annie detém o recorde de cobra mais velha do mundo em cativeiro. A serpente foi registrada pelo Guinness em maio de 2021, quando tinha 37 anos e 317 dias e pesava mais de 40 kg. Por muito tempo, Annie foi criada por um tutor, que depois a deu para um parque em Joanesburgo, na África do Sul, onde ela vivia quando foi registrada no livro dos recordes.

Annie, cobra mais velha em cativeiro – GWR/Reprodução

2 – Cobra mais longa em cativeiro

Já a cobra mais longa em cativeiro é Medusa, uma píton reticulada que vive em uma casa de horrores nos Estados Unidos. Ela tinha incríveis 7,67 metros de comprimento quando foi registrada pelo livro dos recordes em outubro de 2011. À época, ela pesava mais de 158 kg e foram necessárias 15 pessoas para segurá-la durante a medição.

Medusa foi registrada como a maior cobra do mundo – GWR/Reprodução

3 – O vídeo de cobra mais visto no YouTube

Esta cobra é, digamos, uma anônima muito famosa. É que apesar de não ter sido identificada, ela é a dona do recorde de vídeo de cobra mais visto no YouTube, com mais de 85 milhões de visualizações em 2016, quando entrou no Guinness. O “problema” é que, no vídeo, ela acaba perdendo a luta para um mangusto em uma batalha impressionante.

4 – A maior cobra de todos os tempos

E para fechar a lista, ainda temos a Titanoboa, considerada a maior cobra de todos os tempos. Essa espécie viveu há cerca de 60 milhões de anos, no período Paleoceno, e estima-se que poderia chegar a 14 metros de comprimento e pesar uma tonelada. A descoberta sobre a Titanoboa foi possível com a localização de fósseis na Colômbia, em 2009.

Titanoboa, a maior cobra já descoberta, foi extinta há milhões de anos – Ryan Quick/Wikimedia Commons