Se você é daquelas pessoas que tremem só de pensar em um encontro com um tubarão, saiba que a experiência poderia ser ainda pior. Isso porque, há cerca de 2,6 milhões de anos, um animal muito maior e mais perigoso habitava o oceano: estamos falando do megalodonte.
O termo megalodonte significa “dente grande” em grego antigo, o que é muito apropriado para essa espécie de tubarão cujos dentes chegavam a ultrapassar 16 centímetros, tamanho três vezes maior que o de um tubarão-branco atual. Já dá para imaginar como seria a “mordidinha” desse gigante, não é?
Se os dentes do Otodus megalodon impressionam, o tamanho também, embora seja considerado incerto pelos especialistas. Isso ocorre porque o esqueleto dos tubarões é feito de cartilagem, um material que não gera fósseis como os ossos. Assim, embora a espécie seja conhecida desde 1840, há poucos fósseis registrados, a maioria de dentes e vértebras.
E é justamente nos dentes que os cientistas se baseiam para tentar estimar o tamanho dos tubarões da espécie, uma tarefa não muito simples. Há pesquisas que indicam que a espécie mediria cerca de 15 metros, enquanto outras apontam um tamanho ainda maior, de 20 metros.
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Um grande predador dos mares
Grande e com dentes assustadores, o megalodonte foi um ótimo predador. Pesquisas indicam que o tipo de alimentação variava conforme a idade do indivíduo mas que, na vida adulta, o cardápio era formado por mamíferos marinhos, como as baleias, além de tartarugas e outros animais.
Além disso, os megalodontes eram ágeis ao nadar, outra característica que certamente contribuiu para que alcançassem suas presas e garantissem suas refeições. Segundo a BBC, um estudo aponta que eles nadavam a até 1,4 metros por segundo, muito mais rápido que os tubarões atuais.
Atualmente, os megalodontes estão nos holofotes com a estreia do filme Megatubarão. Porém, os cientistas destacam que a espécie está extinta e, assim, não representa mais risco. Já seus “parentes” seguem nos oceanos, como o tubarão-baleia que, aliás, pode chegar a 18 metros.