Sofrer uma picada de cobra não só é uma situação nada agradável como pode levar à morte. E existe um país que foi parar no Guinness Book por liderar o ranking de mortalidade ocasionada por picadas de serpentes. Você adivinha qual é?

Estamos falando da Índia! Segundo o livro dos recordes, informações médicas publicadas entre 2000 e 2019 indicam que 1,2 milhão de pessoas morreram por picadas causadas por cobras nesse período, o que equivale a cerca de 58 mil mortes por ano por esse motivo.

Os dados foram divulgados em um estudo publicado na revista eLife em 2020, mesmo ano em que o Guinness Book registrou a Índia como o país com as picadas de cobra mais fatais. O número representa um aumento, já que em 2011 outro estudo havia estimado que a Índia tinha 45.900 mortes por ano relacionadas a picadas de cobra.

A nova pesquisa ainda trouxe outros dados curiosos: em 2015, por exemplo, o número total de picadas de cobra ficou entre 1,1 milhão e 1,7 milhão. Entre os casos, a maioria foi envolvendo cobras venenosas, enquanto o restante foram “picadas secas”, como são chamadas as picadas de cobras sem veneno.

Nem todos os laudos hospitalares ou autópsias registraram a espécie da cobra causadora da picada e da morte, mas, entre os casos identificados na Índia, a víbora-de-russell foi a maior “culpada”, com 43,2% dos registros. No ranking, também são comuns as cobras kraits e as najas.

O estudo com as descobertas foi realizado em uma colaboração entre a Universidade de Toronto, no Canadá, a Universidade de Oxford, no Reino Unido, o Centro de Herpetologia/Madras Crocodile Bank, o Conselho Indiano de Pesquisa Médica e a Academia Nacional de Ciências da Saúde St. John’s, da Índia.

Picada de cobra: mortes na Índia são metade do número mundial

Vale destacar que, com 58 mil mortes ao ano, a mortalidade causada por picadas de cobra na Índia representa cerca da metade das mortes provocadas por esse motivo em todo o mundo. Isso porque, segundo a Organização Mundial da Saúde, estima-se que ocorram entre 81 mil e 138 mil mortes por picadas de cobra anualmente.

Se uma sucuri ou jiboia já assustam pelo tamanho, você certamente não gostaria de se encontrar com uma titanoboa, a maior cobra já descoberta do mundo. Essa “cobrinha” poderia chegar a 14 metros de comprimento, além de pesar cerca de uma tonelada.

Mas calma! Você certamente não vai dar de cara com uma titanoboa no seu quintal. Essa espécie viveu há cerca de 60 milhões de anos, no chamado período Paleoceno, e teria surgido após a extinção dos dinossauros. Contudo, como seus amigos pré-históricos, também foi extinta.

As descobertas sobre a Titanoboa cerrejonensis foram possíveis após a localização de fósseis. Só em 2009, foram encontrados materiais de 28 animais dessa espécie na área de uma mina de carvão na região de La Guajira, na Colômbia. 

Durante as buscas, os pesquisadores encontraram vértebras da Titanoboa muito semelhantes às das cobras que vemos atualmente, porém, em um tamanho muito maior. Foi a partir desses resquícios que se pode chegar a uma estimativa do peso e do comprimento dessa espécie.

Aliás, o tamanho que impressiona pode ser explicado, entre outros aspectos, pelo clima da região em que as Titanoboas viviam na América do Sul. Estima-se que a temperatura ficava entre 30 e 34°C, o que era ideal para esses animais que precisam de energia externa para se esquentar.

Assim, com uma temperatura adequada, elas tinham mais facilidade para crescer e se reproduzir. Aliás, acredita-se que a espécie era capaz de gerar até 80 filhotes de uma só vez, além de viver por cerca de 30 anos.

A maior cobra já descoberta e seus hábitos

A maior cobra já descoberta no mundo tinha hábitos aquáticos e vivia em pântanos, onde se alimentava de crocodilos inteiros, além de outros animais desse habitat. O bote podia chegar a até três metros e era seguido do estrangulamento das presas. Não há dúvidas de que a Titanoboa era a rainha da floresta, não é?

Mas apesar disso, a espécie foi extinta e ainda não se sabe exatamente o motivo. Acredita-se, porém, que o resfriamento do planeta tenha contribuído para o desaparecimento da Titanoboa.

Um vídeo de cobra costuma atrair muita atenção na internet, seja de quem gosta de admirar a beleza e inteligência desses animais, seja de quem adora ver as lutas travadas com outras espécies. Mas diante de tantos registros, qual será o vídeo de cobra mais visto na internet?

Segundo o Guinness Book, o vídeo de cobra com mais visualizações no YouTube é “Cobra vs. Mangusto”, postado pela National Geographic em 2010. Quando o recorde foi publicado pelo livro dos recordes, em outubro de 2016, o vídeo já tinha mais de 85 milhões de visualizações.

Porém, esse número cresceu ainda mais e, em 2023, já ultrapassava 92 milhões de views de usuários curiosos com essa luta. E o mais impressionante é que, ao contrário do que se pode pensar, não foi a cobra a vencedora dessa briga fatal.

Conheça o vencedor da luta no vídeo de cobra mais visto do mundo

O mangusto é um mamífero carnívoro comum na África, na Ásia e no Sul da Europa e, apesar de não ser muito grande e nem ter a aparência de um animal feroz, é conhecido por travar grandes batalhas com animais perigosos, como as cobras.

Ele tem reflexos rápidos e a pele grossa, além de uma certa resistência a pequenas doses do veneno das cobras. Além disso, é um animal ágil, que costuma cansar a presa facilmente. Esse conjunto de características faz com que o mangusto geralmente saia vitorioso das batalhas com cobras.

É o que acontece no vídeo de cobra mais assistido na internet, gravado no Sul da Índia: os animais se encontram e logo o mangusto se aproxima querendo colocar a serpente no cardápio do dia. Em um primeiro momento, ela se mantém reclusa, mas com a aproximação, acaba atacando o adversário.

A cobra tenta, pelo menos, cinco botes, mas não tem sucesso em alcançar o mangusto. Já o perigoso mamífero mostra do que é capaz em só ataque: dá logo o bote na cabeça da cobra, que fica sem defesa. O vencedor sai de cena carregando o corpo da presa que vai virar jantar.

Veja o vídeo de cobra de maior audiência da história:

E você, apostava no mangusto nessa luta que rendeu o vídeo de cobra mais visto na internet?

Vídeos com cobras enormes rastejando ou atacando suas presas costumam assustar e causar arrepios em muita gente. Mas, afinal, qual é a maior cobra do mundo? Segundo o Guinness Book, a “bichinha” tem nome e, de fato, impressiona pelo tamanho.

Diferente do que muitos brasileiros podem pensar, a maior cobra do mundo não é uma sucuri, mas sim uma píton (Malayopython reticulatus). Essa “cobrinha” se chama Medusa, mede 7,67 metros de comprimento e vive em uma casa de horrores nos Estados Unidos.

Medusa é a maior cobra do mundo já registrada oficialmente e foi medida pelo Guinness Book em 2011, quando tinha dez anos – em geral, as cobras adultas dessa espécie têm entre três e seis metros. Isso quer dizer que ela pode estar ainda maior atualmente e também que podem existir serpentes maiores, embora não catalogadas oficialmente.

Quanto pesa a maior cobra do mundo

O biólogo Henrique, que faz sucesso na internet com vídeos sobre répteis, explica que as condições nas quais Medusa vive podem ter contribuído para esse crescimento impressionante. Aliás, à época da medida ela pesava 158 kg – não se sabe se estava alimentada ou não durante a medição.

“Se estipula que, talvez, possa haver uma cobra de até 9 metros. Mas você acha que uma cobra que é tratada direitinho, se alimentando duas vezes por semana, sempre que tem fome, em cativeiro, sem estresse de fome e predador, não vai crescer muito mais que a que está na natureza?”, questiona o especialista.

Durante a medição de Medusa, foram necessárias 15 pessoas para segurar toda a extensão do seu corpo. Aliás, no cardápio da maior cobra do mundo, está uma variedade de coelhos, porcos e veados e ela é capaz, inclusive, de se alimentar de um animal de 18 kg de uma só vez.

A antiga recordista, que perdeu o posto para Medusa, era Fluffy, cobra da mesma espécie que foi medida em 2009, quando tinha 7,3 metros de comprimento. Ela morreu um ano depois, aos 18 anos, provavelmente vítima de um tumor.

Fato é que a cobra Medusa pode até não ter relação com a figura mitológica que lhe emprestou o nome, mas certamente a maior cobra do mundo poderia deixar alguém paralisado com o seu tamanho, não é?

Cobra tem osso? Quem vê as cobras passeando por aí sempre ágeis e com uma flexibilidade corporal que impressiona, inclusive ao sufocar suas presas, logo poderia responder que não. Mas afinal, as cobras são vertebradas ou invertebradas?

A resposta pode surpreender, mas sim, a cobra tem osso, assim como todos os répteis. As cobras contam com uma espinha dorsal flexível, que pode ser composta por cerca de 200 a 400 vértebras. Mas não pense que isso atrapalha o movimento delas, não.

Essa espinha elástica inclusive facilita ações como se agarrar a troncos e galhos e prender a presa se enrolando para sufocá-la. Além disso, as cobras também têm crânio e maxilares, uma outra estrutura importante para atacar suas vítimas com eficiência.

Porém, as cobras não contam com o esterno, aquele osso que une as costelas e que existe em outros animais, inclusive nos humanos. Essa característica ajuda não apenas a esticar o corpo, mas também a engolir presas até maiores do que as serpentes.

Outro aspecto interessante é a mandíbula das cobras: há uma dupla articulação entre o crânio, o osso quadrado e a mandíbula, o que permite que a cobra possa abrir a boca em mais de 150 graus. Duas metades da mandíbula também são livres, o que facilita o ato de engolir.

Nesse sentido, uma abertura da traqueia abaixo da língua é outra característica muito benéfica para essa ação, já que permite que as cobras respirem mesmo enquanto engolem a presa, protagonizando aquelas cenas que arrepiam só de ver.

Surpreso ao saber que cobra tem osso?

E se você se surpreendeu ao saber que a cobra tem osso, outras curiosidades sobre esse animal podem te impressionar: o olfato da cobra, por exemplo, ocorre na língua, que é bifurcada para que ela possa sentir o cheiro originário de dois lados diferentes.

Além disso, a audição das cobras é limitada: embora não tenham orelhas, elas contam com ossos do ouvido, ainda que menos potentes. Esse fator dificulta que as cobras ouçam sons transmitidos pelo ar, mas facilita que escutem vibrações no solo, fazendo com que localizem presas ou se defendam de predadores.

Ter um encontro inesperado com uma cobra nunca é uma situação agradável. Mas acredite: muito pior seria encontrar uma taipan-do-interior (Oxyuranus microlepidotus), considerada a cobra mais venenosa do mundo com um veneno super letal capaz de matar uma pessoa em 45 minutos.

Também chamada de taipan-ocidental, ela é encontrada em regiões semiáridas da Austrália, e foi descrita na ciência pela primeira vez em 1879, pelo professor Frederick McCoy. A espécie apresenta o corpo marrom, com escamas claras e escuras, podendo se camuflar com facilidade na areia.

Segundo um estudo da Biblioteca Nacional de Medicina dos Estados Unidos, feito ainda na década de 1980, o potencial de letalidade do veneno da taipan-do-interior é o maior já observado em uma cobra. Já outra pesquisa indica que uma só gota desse veneno seria capaz de matar até 100 pessoas.

A cobra pode chegar a até três metros de comprimento e, apesar do tamanho, costuma ser ágil para dar o bote. Outra característica da taipan é que ele morde várias vezes em um mesmo ataque, o que acaba por liberar ainda mais veneno.

Como o veneno dessa cobra age

O veneno, por sua vez, acaba paralisando a vítima, além de causar a coagulação do sangue. Assim, os vasos sanguíneos são bloqueados e, em seguida, ocorre a parada respiratória. Além disso, a cobra mais venenosa do mundo ainda conta com uma toxina que facilita a distribuição do veneno pelo sangue da vítima.  

O resultado pode ser a morte em até 45 minutos, caso não haja socorro rápido à vítima. Mas se a taipan-do-interior é a cobra mais venenosa do mundo, isso não quer dizer que ela seja a mais letal. Como a espécie vive em regiões remotas, sem muito contato com humanos, ela não tem a chance de usar o seu veneno com frequência. 

Além disso, também é descrita como uma cobra mais reclusa, que prefere fugir quando se sente sob ameaça. Assim, as presas da taipan-do-interior costumam ser mesmo pequenos répteis, além de anfíbios e roedores.