Quem olha o peixe-leão à primeira vista pode se encantar com todas as suas cores vibrantes e pela “juba” que chama atenção. Mas apesar da beleza, esse animal representa riscos, tanto pelo seu veneno poderoso quanto pela “invasão” que tem feito na costa brasileira.
O nome peixe-leão é dado a todas as espécies do gênero Pterois, que se caracterizam pelo corpo listrado em diferentes cores, como marrom, branco, amarelo e laranja, além da “juba” que empresta ao peixe o nome do rei da selva e que conta com 18 espinhos.
Os espinhos ao redor do corpo, aliás, são capazes de produzir, armazenar e injetar um veneno potente, capaz de causar dor, enjoos e até convulsões nos seres humanos, por exemplo. Não há registros de ferimentos letais, mas é comum que acidentes com o peixe-leão levem à hospitalização
O peixe-leão pode medir até 47 centímetros e é um predador voraz. Carnívoro, ele pode comer até animais que são quase do seu tamanho e acredita-se que seja capaz de devorar até 20 peixes em apenas meia hora, o que demonstra o seu poder predatório.
Bonito, mas perigoso: peixe-leão está invadindo a costa brasileira
O veneno do peixe-leão é um motivo e tanto para ter atenção à espécie, porém, no Brasil, esse não é o maior problema em relação a ele. Isso porque o animal é nativo do Oceano Indo-Pacífico, mas tem invadido a costa brasileira, o que pode trazer um grande risco à fauna do Oceano Atlântico.
É que, além de ser um grande caçador, ele se reproduz rapidamente e sequer tem um predador nas águas do litoral brasileiro. O resultado é que a população dessa espécie pode crescer de forma muito rápida, colocando em risco espécies nativas da fauna brasileira.
Segundo a Unesp (Universidade Estadual Paulista), o peixe-leão já foi encontrado em oito estados brasileiros: Amapá, Pará, Maranhão, Piauí, Ceará, Paraíba, Rio Grande do Norte e Pernambuco. Não se sabe exatamente como a espécie chegou ao Atlântico, mas acredita-se que isso ocorreu devido à ação humana.