A personagem Copélia, interpretada magistralmente por Arlete Salles na série “Toma Lá, Da Cá”, é uma figura inesquecível da televisão brasileira, notória por seu humor transgressor e suas respostas icônicas. Entre as frases que marcaram a série, o bordão “Prefiro não comentar” destaca-se como um símbolo de sua personalidade única, uma estratégia sagaz para driblar situações delicadas.
A origem desse bordão, como revela Arlete, foi criação de Miguel Falabella, o responsável por dar vida a tantas cenas memoráveis da série. Segundo Arlete, Miguel foi perspicaz ao conceber uma personagem que, ao se ver encurralada, escolhia o silêncio como sua defesa, algo que ressoou profundamente com o público.
“Sempre que ela se via encurralada em qualquer situação e confrontada, ela saía fora dizendo: ‘Prefiro não comentar.’ E virou o bordão dela, né?”
Arlete também compartilha que inicialmente teve receios quanto à aceitação da personagem pelo público, temendo que a ousadia e a irreverência de Copélia pudessem ser mal recebidas. No entanto, o encorajamento do diretor, Thalma, e a resposta positiva já nos primeiros episódios, confirmaram que estavam no caminho certo. A atriz descreve Copélia como uma personagem “louca, mas com uma loucura muito engraçada, muito transgressora e muito corajosa”.
Através de Copélia, Miguel Falabella também explorou temas delicados como a sexualidade na terceira idade, tratando de questões importantes com leveza e humor. Esse aspecto trouxe uma nova luz sobre estereótipos frequentemente associados aos idosos, convidando o público a repensar suas pré-concepções.
Onde assistir Toma Lá, Da Cá
- De segunda à sexta, na faixa das 19h, no canal Viva
- No globoplay, para assinantes
O legado de Copélia
O legado de Copélia, conforme relatado por Arlete, vai além do humor. Ela se tornou um símbolo de liberdade e aceitação, inspirando pessoas a celebrarem a individualidade, independentemente da idade. A atriz se alegra ao ouvir espectadores compararem seus avós a Copélia, reconhecendo uma aceitação maior da coragem e da liberdade de viver verdadeiramente.
Arlete finaliza refletindo sobre a importância de permitir que cada pessoa defina sua própria vida, sem imposições ou limitações externas. O ensinamento da personagem, através do riso e da reflexão, permanece um marco na cultura popular brasileira, provando que o humor pode ser um poderoso veículo de mudança social.
Assista mais da entrevista com Arlete Salles: