Maiores polêmicas do K-pop: bullying, escândalo sexual e briga geopolítica

Videoclipes divertidos, coreografias impecáveis e muita polêmica: saiba alguns dos casos mais chocantes do k-pop

O K-pop ficou conhecido mundialmente por seus videoclipe animados, artistas completos e músicas viciantes. Mas assim como qualquer indústria, apesar de parecer perfeito, o mundo do pop coreano também guarda algumas grandes polêmicas.

A lista de k-idols (como são chamados os artistas no k-pop) envolvidos em controvérsias é gigante. Por isso, o Viralizou separou uma lista com alguns dos maiores casos dessa indústria.

Tzuyu VS China?

(Foto: Reprodução/Redes Sociais)

Tzuyu é membro de um dos maiores girlgroups (grupos femininos) do K-pop, o TWICE. Mas lá no começo da carreira do grupo, uma polêmica gigante causou turbulências políticas envolvendo o nome da jovem, que na época tinha apenas 16 anos.

Isso porque Chou Tzuyu é taiwanesa e durante um programa que contava a história de formação do grupo, ela segurou uma bandeira da Coreia do Sul e uma bandeira de Taiwan. A ação inocente gerou milhares de comentários do publico chinês, que acusaram Tzuyu de ser uma ativista pró-independência.

Explicando de maneira superficial, Taiwan é uma ilha considerada rebelde por Pequim e boa parte da China, tendo um sistema de governo independente. A polêmica aconteceu no final de 2015, perto das eleições para escolher o próximo presidente de Taiwan.

Após os comentários ávidos na internet, diversas marcas chinesas começaram a cortar relações com a JYP Entertainment, uma das maiores empresas do K-pop e que é responsável pelo TWICE. Ao perder dinheiro, a empresa decidiu que Tzuyu deveria fazer um pedido de desculpas público, com direito a cara lavada e camisa preta, como uma criminosa.

No vídeo, a jovem de 16 anos lê um papel enquanto pede desculpas e diz que: “Há apenas uma China. Os dois lados do Estreito de Taiwan são apenas um. Sempre me considerei uma pessoa chinesa e sinto orgulho disso”. Os internautas caíram em cima da empresa, que obrigou a jovem a se desculpar, mesmo sem ter cometido nenhum erro.

O pedido de desculpas foi publicado um dia antes das eleições de Taiwan e mobilizou todo o país. Todos os candidatos, inclusive o presidente da época, anunciaram apoio á jovem. Tsai Ing-wen, do Partido Democrático Progressista, já era a candidata favorita, mas teve taxas de aceitação ainda maiores ao apoiar Tzuyu publicamente.

Tsai foi eleita e citou o ocorrido em seu discurso de vitória: “Esse incidente servirá como um lembrete permanente para mim sobre a importância da força e união de nosso país para lidar com questões além de nossas fronteiras”, afirmou.

Escândalos sexuais no k-pop

(Foto: Reprodução/Wikimedia)

Em 2019, a Coreia do Sul parou quando o escândalo Burning Sun veio á tona. Várias jornalistas sul-coreanas divulgaram informações sobre um grande esquema de corrupção, prostituição e abuso sexual que envolvia nomes de figuras poderosas da Coreia, incluindo celebridades.

O esquema consistia em um grupo do KakaoTalk (plataforma de conversas coreanas, semelhante ao Whatsapp), onde diversos homens compartilhavam vídeos de abusos, estupros e divulgação de prostitutas, dentro da boate Burning Sun. A balada era uma das mais famosas de Gangnam, bairro mais rico de Seul.

Em meio ao escândalo, o nome de SeungRi, até então integrante do BIGBANG, um dos maiores grupos de k-pop da história, teve seu nome envolvido no escândalo. Ele chegou a ser condenado à prisão, mas ficou por pouco tempo, por conta de seu dinheiro e influência.

As repórteres divulgaram que uma artista feminina que também tinha sido vítima de molka (divulgação de vídeos íntimos sem consentimento) ajudou nas investigações. A artista era Goo Hara, membro do Kara, cometeu suicídio em novembro de 2019 após o agravamento de sua depressão por conta dos comentários negativos que recebeu na época.

Além do Burning Sun, outro k-idol se envolveu em um escândalo sexual. Moon Taeil foi expulso de seu grupo, NCT, após ser acusado de crimes sexuais, no final de agosto deste ano. Seu nome e estava sob investigação por dois meses, período no qual ele até mesmo lançou músicas novas.

Ainda não se sabe ao certo os detalhes, mas os boatos são de que ele estaria ameaçando expor vídeos sexuais de uma mulher durante seis anos, e que no início do caso a jovem tinha apenas 12 anos. A SM Entertainment, uma das maiores empresas do k-pop, anunciou a expulsão de Taeil assim que as informações vieram a tona, afirmando que auxiliará a polícia nas investigações.

(Foto: Reprodução/Redes Sociais)

Outro idol envolvido no escândalo foi Junghyun (ex-membro do grupo HIGHLIGHT), que recentemente se tornou noivo de HyunA. A cantora recebeu críticas por se envolver com uma pessoa envolvida em um escândalo tão perverso. Mesmo com os comentários negativos, HyunA continuou com o relacionamento e publicou fotos do ensaio de casamento no Instagram.

(Foto: Reprodução/Redes Sociais)

Escândalos de bullying

Em maio de 2022, o grupo LE SSERAFIM estreou sob o comando da Source Music. O grupo debutou com seis integrantes, ao som da música “Fearless”. Porém, apesar do sucesso, o grupo logo se envolveu em uma polêmica quando acusações de bullying envolvendo Kim Garam, uma das membros, vieram a tona.

Antes mesmo do debut do grupo, uma colega de escola de Garam a denunciou por bullying. O caso foi levado a sério pelos internautas e pela sociedade coreana. A empresa deixou a k-idol em hiato por três meses antes de tomar a decisão de expulsar Garam do grupo pouco tempo após o debut.

Hoje, o LE SSERAFIM continua com cinco integrantes. Kim Garam veio a público dizer que é inocente, mas sua imagem já estava manchada.

Outras idols também se envolveram em polêmicas do tipo, como Soojin, ex-membro do G-(IDLE), que também foi expulsa. Tempos depois, ela conseguiu provar sua inocência e iniciou a carreira solo.

Publicado por Júlia Götz