Talento e reconhecimento é o que não falta para Glória Pires. Uma das atrizes mais famosas do Brasil tem um carreira que pode ser marcada por décadas. Dona de uma galeria de personagens memoráveis, tanto no cinema, quanto na televisão, Glória Pires é sinônimo de boa atuação.
Com uma grande habilidade para encarar personagens complexos, Glória costuma fazer isso com autenticidade. Não é só isso, a atriz tem uma interpretação naturalista que costuma emocionar quem está assistindo algum trabalho seu.
Neste texto, destacamos cinco dos trabalhos mais marcantes de Glória Pires nas novelas. São personagens que não só ajudaram a definir sua carreira, mas também marcaram sua trajetória na televisão e no coração dos brasileiros.
Dancin’ Days (1978)
Um dos primeiros grandes papéis de Glória Pires na televisão foi na novela “Dancin’ Days”, escrita por Gilberto Braga. Interpretando Marisa, a jovem rebelde filha da protagonista Júlia (Sônia Braga), Glória capturou a complexidade emocional de sua personagem, que oscilava entre amor e ressentimento por sua mãe. “Dancin’ Days” se tornou um fenômeno cultural, influenciando a moda e os comportamentos da época, e o desempenho de Glória contribuiu significativamente para o sucesso da trama.
O Primo Basílio (1988)
Na adaptação do clássico de Eça de Queiroz para a TV Globo, Glória interpretou Luísa, uma mulher casada que se envolve em um caso amoroso com seu primo, Basílio, desencadeando uma série de eventos trágicos. A atuação de Glória foi aclamada por capturar a vulnerabilidade e complexidade emocional de Luísa, tornando a personagem profundamente humana. Este papel destacou a habilidade de Glória em interpretar personagens com dilemas morais complexos, solidificando sua reputação como uma atriz versátil e expressiva.
Vale Tudo (1988)
Em outra colaboração com Gilberto Braga, “Vale Tudo” é frequentemente lembrada como uma das melhores novelas da televisão brasileira. Glória Pires deu vida a Maria de Fátima, uma jovem ambiciosa e sem escrúpulos disposta a tudo para escapar da pobreza, incluindo trair sua própria mãe, Raquel (Regina Duarte). A personagem se tornou um ícone por sua vilania e ambição, e a atuação de Glória foi essencial para o impacto duradouro da novela, mostrando seu talento em interpretar figuras complexas e moralmente ambíguas.
Mulheres de Areia (1993)
Em “Mulheres de Areia”, Glória enfrentou o desafio de interpretar gêmeas com personalidades opostas: Ruth, a irmã gentil e altruísta, e Raquel, a vilã manipuladora e ambiciosa. O sucesso da novela destacou a habilidade camaleônica de Glória de alternar entre personagens distintas, demonstrando uma versatilidade notável. Sua performance foi um triunfo técnico, dada a complexidade de interpretar duas personagens principais na mesma obra, mas também emocional, pois conseguiu fazer com que o público se conectasse profundamente com ambas as irmãs.
Éramos Seis (2019)
A versão de 2019 de “Éramos Seis” ofereceu a Glória Pires a oportunidade de interpretar Lola, a matriarca de uma família lutando para se manter unida e prosperar através das adversidades da vida no Brasil entre as décadas de 1920 e 1940. A performance de Glória foi amplamente elogiada, com críticos e o público celebrando sua habilidade de trazer uma emoção profunda e uma força resiliente à personagem. Este papel destacou não apenas a capacidade de Glória em retratar as nuances da maternidade e da luta feminina, mas também sua maestria em evocar a empatia e conexão com o público.
Outros destaques na carreira de Glória Pires
Uma carreira tão sólida e recheada de bons personagens como a de Glória Pires é um material farto para uma lista como essa. Por isso alguns personagens sempre acabam ficando de fora. Como Glória sempre recebeu bons convites, vale destacar alguns outros trabalhos da atriz que merecem uma menção honrosa.
As minisséries “O Tempo e o Vento” de 1985 e “Memorial de Maria Moura” em 1994. Em novelas, ela fez grandes sucessos como “Selva de Pedra – 1ª Versão” de 1972, “Cabocla” em 1979, “O Rei do Gado” em 1996 e a 2ª versão de “Anjo Mau” em 1997. Glória também foi a protagonista de “Belíssima” em 2006.
