O ator Osmar Prado, com mais de seis décadas de carreira, continua a ser uma figura emblemática na teledramaturgia brasileira. Em uma entrevista exclusiva, ele compartilhou curiosidades de alguns de seus papéis mais icônicos em novelas que marcaram épocas e continuam vivos na memória do público.
Pantanal: A Imortalidade do Velho do Rio
Osmar Prado reviveu o mítico Velho do Rio na recente adaptação de “Pantanal”, um papel originalmente interpretado por Cláudio Marzo em 1990. “Eu acho que o Velho do Rio é um personagem icônico em qualquer hipótese. Já foi icônico na interpretação do Cláudio Marzo, em 1990. Ele continuou sendo, na minha interpretação, nesse remake,” reflete Osmar.
Roda de Fogo: A Dualidade de Tabaco
Em “Roda de Fogo”, Prado trouxe à vida Tabaco, um personagem com três esposas, explorando os desafios e as complexidades de tal dinâmica. “Quer dizer, realçando a questão machista do brasileiro, todo brasileiro sonha em ter três mulheres aos seus pés,” comentou ele, ponderando sobre as dificuldades reais de relações múltiplas.
Renascer: A Essência do Sertanejo
“Renascer” ofereceu a Osmar o papel de Tião, uma figura sertaneja que sonha com sua própria terra. A novela foi uma colaboração entre o escritor Benedito Rui Barbosa e o diretor Luiz Fernando Carvalho. “Isso me deu um mergulho nesse universo que me levou ao sertanejo que sonhava com um pedaço de terra,” disse o ator, destacando a profundidade emocional e cultural do personagem.
Chocolate com Pimenta: Comédia e Sensibilidade
Em “Chocolate com Pimenta”, Prado interpretou o doceiro Margarido, imergindo-se em um universo de comédia e romance. “Foi uma coisa maravilhosa. Eu me senti muito bem ali. Eu era o doceiro, ele era muito cômico, caipira, simpático,” ele recorda. Osmar Prado também prestou homenagem ao diretor Jorge Fernando, reconhecendo sua contribuição vital para a novela.
Osmar Prado: Início da Carreira e Desafios
Osmar Prado também refletiu sobre os primórdios de sua carreira e os desafios que enfrentou, como o preconceito e a necessidade de adaptação física para papéis específicos. “A grande luta, a grande dificuldade, sempre é o preconceito,” ele compartilhou, relembrando os dias em que teve que tingir o cabelo para se ajustar às expectativas de um personagem.
Prado está de volta aos palcos após quase 10 anos, com o espetáculo “O Veneno do Teatro” sobre um nobre perverso e está viajando por todo Brasil.