Em “Paraíso Tropical”, no ar em “Vale a Pena Ver de Novo”, o personagem de Tiago, interpretado por Sergio Abreu, continua a intrigar o público com sua complexidade e humanidade. Recepcionista do famoso Hotel Duvivier, Tiago se destaca por ser um personagem homossexual que foge dos estereótipos comuns, oferecendo uma representação rica e multifacetada.

Nesta entrevista exclusiva, Sergio Abreu compartilha um pouco sobre essa novela:

Quais são suas lembranças mais marcantes das gravações?

O clima entre elenco e equipe era maravilhoso. Com um elenco liderado por Glória Pires e Tony Ramos, além de outros grandes atores e atrizes de diferentes gerações, não poderia ser diferente.

Existe alguma característica específica que você trouxe para esse papel?

Construí o Tiago com uma característica singular: seu cuidado com a saúde física e mental. Entrei num programa de nutrição e exercícios físicos com acompanhamento profissional, e os resultados foram excelentes. Gostei muito da preparação a que me propus, e do resultado que alcancei junto com todo elenco e equipe.

Como você veria esse personagem nos dias de hoje o que mudou?

Tiago poderia ser representado da mesma forma hoje em dia. Acredito que a principal mudança foi a maior frequência, e a maior liberdade, com que a TV incluiu os personagens LGBTQIA+ nas suas tramas. A partir disso, polêmicas antigas como “beijo gay”(em si um tratamento pejorativo, e que conseguimos tonar obsoleto), já fazem parte da realidade da teledramaturgia. Ganhamos todos, público e artistas.

Como assistir Sergio Abreu em Paraíso Tropical

• Paraíso Tropical, de segunda a sexta-feira, em Vale a Pena Ver de Novo, na TV Globo

• Disponível também no globoplay para assinantes

A personagem Copélia, interpretada magistralmente por Arlete Salles na série “Toma Lá, Da Cá”, é uma figura inesquecível da televisão brasileira, notória por seu humor transgressor e suas respostas icônicas. Entre as frases que marcaram a série, o bordão “Prefiro não comentar” destaca-se como um símbolo de sua personalidade única, uma estratégia sagaz para driblar situações delicadas.

A origem desse bordão, como revela Arlete, foi criação de Miguel Falabella, o responsável por dar vida a tantas cenas memoráveis da série. Segundo Arlete, Miguel foi perspicaz ao conceber uma personagem que, ao se ver encurralada, escolhia o silêncio como sua defesa, algo que ressoou profundamente com o público.

“Sempre que ela se via encurralada em qualquer situação e confrontada, ela saía fora dizendo: ‘Prefiro não comentar.’ E virou o bordão dela, né?”

Arlete também compartilha que inicialmente teve receios quanto à aceitação da personagem pelo público, temendo que a ousadia e a irreverência de Copélia pudessem ser mal recebidas. No entanto, o encorajamento do diretor, Thalma, e a resposta positiva já nos primeiros episódios, confirmaram que estavam no caminho certo. A atriz descreve Copélia como uma personagem “louca, mas com uma loucura muito engraçada, muito transgressora e muito corajosa”.

Através de Copélia, Miguel Falabella também explorou temas delicados como a sexualidade na terceira idade, tratando de questões importantes com leveza e humor. Esse aspecto trouxe uma nova luz sobre estereótipos frequentemente associados aos idosos, convidando o público a repensar suas pré-concepções.

Onde assistir Toma Lá, Da Cá

• De segunda à sexta, na faixa das 19h, no canal Viva
• No globoplay, para assinantes

O legado de Copélia

O legado de Copélia, conforme relatado por Arlete, vai além do humor. Ela se tornou um símbolo de liberdade e aceitação, inspirando pessoas a celebrarem a individualidade, independentemente da idade. A atriz se alegra ao ouvir espectadores compararem seus avós a Copélia, reconhecendo uma aceitação maior da coragem e da liberdade de viver verdadeiramente.

Arlete finaliza refletindo sobre a importância de permitir que cada pessoa defina sua própria vida, sem imposições ou limitações externas. O ensinamento da personagem, através do riso e da reflexão, permanece um marco na cultura popular brasileira, provando que o humor pode ser um poderoso veículo de mudança social.

Assista mais da entrevista com Arlete Salles:

Antônio Carlos Santana, mais conhecido como Mussunzinho, é um ator brasileiro que tem deixado sua marca no mundo do entretenimento com uma série de papéis marcantes em novelas e, mais recentemente, no cinema. Filho do lendário humorista Mussum, Mussunzinho começou sua carreira artística ainda jovem e rapidamente se destacou por seu talento e carisma.

Sua jornada nas telinhas começou com a novela “América”, onde interpretou o personagem Farinha. Este papel foi particularmente significativo para Mussunzinho, pois marcou sua estreia na televisão.

“América foi o personagem que mais me marcou e mais me desafiou por ser o primeiro! Era tudo muito novo esse universo, então me marcou de fato”, relembra o ator.

Ao longo dos anos, Mussunzinho acumulou uma diversificada filmografia, incluindo participações em “Salve Jorge” e uma atuação marcante como Wallace em “Malhação”. Sobre este último, ele expressa um carinho especial:

“Porém o personagem que eu amo ter feito foi Wallace de Malhação, por conta da liberdade de criação que tive durante esse trabalho. O trabalho fluiu, cresceu naturalmente e foi prazeroso vivenciar isso”, contou.

Mussunzinho e a homenagem ao pai no cinema

Recentemente, Mussunzinho deu um grande passo em sua carreira com o lançamento do filme “Mussum, o Filmis”, que estreou nos cinemas e agora está disponível no streaming pelo Globoplay/Telecine. O filme é uma homenagem ao seu pai e traz uma perspectiva única sobre a vida e trajetória do humorista que conquistou o coração de milhões de brasileiros.

Não é segredo para ninguém que a Penha de Cheias de Charme foi um dos papeis de maior sucesso de Taís Araújo na televisão. Além disso, a atriz já declarou diversas vezes em entrevistas que também foi uma das personagens que ela mais gostou de fazer.

Mas você sabia que Taís Araújo considera a Penha de Cheias de Charme uma verdadeira cura para ela? A história toda começa lá em 2009, quando ela foi escolhida para viver a protagonista Helena de “Viver a Vida”, novela de Manoel Carlos.

A Helena de Taís Araújo

Na época, se criou muita expectativa em torno da escalação de Taís para este papel. Fazer uma Helena de Manoel Carlos é um sonho para qualquer atriz e poucas tiveram essa oportunidade na televisão. Quando ela foi escalada, todos queriam ver como seria a primeira Helena negra da história e também uma das mais jovens.

O problema é que quando a novela estreou, a personagem sofreu forte rejeição do público. Com isso, a trama de Helena na novela foi caminhando para um segundo plano. Além das críticas, Taís se viu tendo que fazer cenas com as quais não concordava, como quando Helena se ajoelha para receber um tapa na cara de Teresa, personagem de Lília Cabral.

Ela conta que acabou entrando em depressão por causa da novela. Taís Araújo ia muitas vezes para as gravações de “Viver a Vida” chorando. Na vida pessoal, ela também não estava vivendo um bom momento.

Quando começou a trabalhar na novela “Viver a Vida”, ela estava no processo de separação. Fazia apenas um mês que ela e o ator Lázaro Ramos havíam se separado. Ela contou em sua participação no podcast PodPah que esse foi um período desafiador.

“No início da novela, eu viajei para gravar na Jordânia e em Paris. Lázaro até foi até a Jordânia para me encontrar, e a partir daí, começamos a nos reconciliar. Ele me visitou na Jordânia e depois, ele tinha planos de ir para Moçambique. Ele ficou dois dias na Jordânia comigo, o que foi uma grande prova de amor. Então, ao final da novela, nós estávamos retomando o relacionamento, mas ainda não tínhamos reatado o casamento. Decidimos viajar juntos e, durante essa viagem, decidi que queria ter um filho. Levou mais um ano até que eu engravidasse”, revelou Taís.

A volta por cima em Cheias de Charme

Logo depois do final da novela, a atriz que em certo momento pensou em parar de atuar, foi fazer algumas peças de teatro. No entanto, as novelas estavam longe de seus planos. Até que veio o convite para a Penha de “Cheias de Charme”.

Ela disse que a personagem fez com que ela resgatasse o prazer em interpretar e confiasse novamente na sua capacidade de fazer televisão.

“Essa novela também foi um enorme sucesso e teve um papel curativo para mim. Ela foi realizada pela mesma equipe e direção de “Da Cor do Pecado”, então de certa forma, me senti em casa e protegida, o oposto da vulnerabilidade que havia sentido anteriormente. Estar cercada por pessoas que amavam e confiavam em mim fez toda a diferença na minha recuperação e na minha carreira”, explica.

Para quem não lembra, “Cheias de Charme” é uma novela de 2012, dois anos depois do término de “Viver a Vida”, que exibiu seu último capítulo em 14 de maio de 2010.