Cynthia Erivo, protagonista da adaptação cinematográfica de Wicked, gerou polêmica nas redes sociais após a divulgação de um pôster que apresenta sua personagem, Elphaba.

Em resposta a edições do pôster, onde seu rosto foi alterado para esconder os olhos, Erivo expressou seu descontentamento, afirmando que essas edições são desumanizadoras e degradantes. Ela enfatizou que seu papel no filme é um tributo à obra original, não uma cópia.

“Esta é a coisa mais selvagem e ofensiva que já vi, igual àquela terrível IA de nós lutando, igual a pessoas fazendo a pergunta ‘sua vagina é verde?’ escreveu Cynthia em seu story enquanto compartilhava um dos pôsteres photoshopados. “Nada disso é engraçado. Nada disso é fofo. Isso me degrada. Isso nos degrada.”

A situação se intensificou quando memes começaram a circular, muitas vezes de forma negativa, resultando em um aumento da hostilidade online. Essa controvérsia não é isolada e reflete um padrão maior de desafios que artistas de cor enfrentam nas redes sociais, especialmente quando são alvos de críticas ou humor hostil.

Ariana Grande defende colega de elenco de Wicked 

Durante o evento Annual Academy Museum Gala, que aconteceu no último sábado, Ariana Grande enfatizou seu apoio à colega de elenco, afirmando — “Isso [a inteligência artificial] é algo que vai além de nós. Os fãs se divertem e fazem edições, mas às vezes isso ultrapassa os limites”. 

Apesar dos esforços para defender Cynthia, os usuários do X e Tik Tok interpretaram a fala da Ariana como a de alguém que não se incomodou (ou até mesmo riu dos memes) mas escolheu respeitar os sentimentos da amiga. Grande é conhecida por adorar compartilhar memes sobre seus trabalhos nas redes sociais e frequentemente brinca sobre seu papel no filme Wicked em entrevistas. 

“Tenho um profundo respeito pela minha irmã Cynthia e a amo muito. É um grande período de adaptação” — completou a atriz e cantora. 

Coringa: Delírio a Dois causou alvoroço na internet desde o dia em que foi anunciado. Isso porque após o sucesso do primeiro filme de 2019, as expectativas para a continuação da história do personagem Arthur Fleck estavam altas. 

Quando a DC confirmou que o filme seria um musical com a popstar Lady Gaga como a personagem Arlequina, o burburinho on-line foi ainda maior. As reações foram variadas, mas a grande maioria dos internautas ficou com um pé atrás com as informações, já que um musical não condiz com o tom intimista e um tanto depressivo do primeiro filme.

Com os trailers, o receio de parte do público aumentou, enquanto alguns fãs do universo se animaram. Mas afinal, será que um filme musical do Coringa com a Lady Gaga pode dar certo? Confira a opinião da equipe Viralizou!

Coringa: Delírio a Dois é bom?

Com apenas 33% de aprovação da crítica no site Rotten Tomatoes, já dá para dizer que o filme não agradou a maioria. Mas, diferente do receio de boa parte do público, não foram as cenas musicais e a Lady Gaga que estragaram o projeto. 

O filme se passa dois anos após o final do primeiro filme, com Arthur (o Coringa, interpretado por Joaquin Phoenix) preso e aguardando por seu julgamento. O personagem continua extremamente bem construído, com uma atuação no mesmo nível da que rendeu um Oscar para Phoenix no mesmo papel. 

O rumo da história muda quando Arthur conhece Lee (Gaga), uma mulher que está internada na mesma instituição psiquiátrica que ele. Ao menos, essa parecia ser a intenção dos roteiristas. Afinal, o que marca Coringa: Delírio a Dois é uma forte sensação de que nada realmente saí do lugar, com exceção de uma reviravolta no finalzinho do filme.

Ao longo da obra, as cenas musicais se tornam cansativas não pela falta de talento ou qualidade das músicas, mas porque em algumas ocasiões elas parecem apenas desnecessárias e repetitivas. Lady Gaga apresenta uma personagem sem grandes nuances, que parece tentar levar a trama para frente, sem sucesso.

Evitando os spoilers, a sensação é de que grande parte do filme é dispensável e não nos leva para novas reflexões, diferente da obra de 2019. Aqui, os mesmos assuntos são retratados de maneira rasa, se comparado ao original. Os últimos minutos do filme parecem tentar desesperadamente dar um sentido para todo o resto do longa.

A fotografia e a direção de arte do filme tem grandes méritos, com uma ótima ambientação que, assim como em Coringa, contribuem para a narrativa. Mas, no geral, nem todo o esforço da equipe de arte é suficiente para compensar a falta de força do roteiro.

Para quem adora o personagem e procura um filme para se entreter sem grandes expectativas, o longa até pode ser uma boa pedida. Mas a opinião da equipe Viralizou é de que vale mais apenas esperar Coringa: Delírio a Dois chegar no streaming e economizar o valor do ingresso da ida ao cinema.