Turistas, alguns deles mergulhadores, que estavam passeando em um barco em Exmouth, na Austrália, presenciaram uma cena inusitada no mar. O grupo tomava sol quando o capitão notou uma “bobina de aparência escorregadia” na superfície da água. Depois de se aproximar, a massa retorcida revelou ser duas cobras marinhas acasalando.
“Uma vez que o macho está acoplado à fêmea, ele fica preso até que o acasalamento esteja completo, uma situação complicada quando você respira ar”, postou a página do grupo de mergulho Ningaloo Whaleshark Swim ao postar imagens das cobras em “momento íntimo” nas redes sociais . “A fêmea geralmente marca o momento de subir para respirar e o macho também terá que tentar respirar rapidamente.”
As imagens mostram as duas grandes cobras enroladas uma na outra no oceano, enquanto uma multidão de admiradores observava do navio. Um dos répteis pode ser visto levantando a cabeça acima da água para respirar.
“Isso é simplesmente incrível, a mãe natureza é incrível. Fotos realmente ótimas”, comentou uma pessoa em uma das postagens. “Cara, você acha que eles conseguiriam um pouco de privacidade lá…”, brincou outro.
Grupo de turismo teve sorte ao testemunhar cobras marinhas
O especialista em anatomia veterinária Dr. Glenn Shea disse ao Yahoo News Austrália que as fotos mostram o acasalamento das cobras marinhas da espécie stokes. “Elas precisam retornar à superfície para respirar com frequência e também precisam se agarrar para acasalar em ambiente aquático. Portanto, pode ser difícil obter acesso à superfície enquanto permanece emaranhado”, disse ele.
Instrutora da Academia Australiana de Répteis, a Dra. Christina Zdenek reforçou que as cobras não têm guelras, então “precisam respirar ar com os pulmões”, o que torna o ato ainda mais difícil.
“Mas mergulhos de 30 minutos não são incomuns, com um tempo máximo de mergulho registrado de duas horas”, acrescentou ela.
Shea disse que as observações do acasalamento de cobras marinhas são “registros importantes”, já que “muito pouco” se sabe sobre a reprodução em muitas espécies. O especialista em répteis da WIRES, Gary Pattinson, disse ao Yahoo que os turistas têm “muita sorte” de terem testemunhado os “animais absolutamente deslumbrantes em seu habitat natural”.
