O filme ‘A sociedade da neve’, da Netflix, reconta a história de sobrevivência dos passageiros do Voo 571. Passados 51 anos da queda de um avião nos Andes, em outubro de 1972, em que 16 dos passageiros foram resgatados 72 dias depois.
Entenda a história do Voo 571
Em 1972, um avião colidiu nos andes e seus sobreviventes passaram 72 dias em meio a neve. Hoje, mais de 70% da cobertura de neve foi perdida. Um time amador de rugby uruguaio foi competir no Chile. Com baixa visibilidade, o piloto começou a reduzir sua altitude pois acreditava que estava perto do aeroporto, fazendo com que o avião colidisse com uma montanha e perdesse as asas.
Das 45 pessoas a bordo, 12 morreram na hora. Sem alimento e isolados a uma altitude de 3.500 metros, os sobreviventes tiveram que comer até mesmo o couro dos assentos e dos cintos de segurança do avião.
Depois de semanas, o grupo teve que recorrer ao canibalismo, alimentando-se dos corpos dos seus companheiros que morreram no impacto. Mesmo assim, nem todos resistiram: 17 pessoas morreram de depravação e de frio.
Equipes de resgate foram mandadas para o local, mas a fuselagem branca do avião dificultava seu avistamento de cima em meio a neve. Depois de quase 2 meses sobrevivendo em meio à temperaturas congelantes, dois sobreviventes foram buscar ajuda, encontrando três pastores na aldeia próxima de Los Maitenes, no Chile.
O “Milagre dos Andes”
Os pastores notificaram as autoridades, mas o resgate só apareceu 1 semana depois, fazendo com que os sobreviventes ficassem um total de 72 dias em meio a neve. Do grupo inicial de 33 pessoas, só 16 sobreviveram.
O acontecimento foi chamado de “Milagre dos Andes” atraindo atenção internacional e gerando série de livros e filmes sobre o ocorrido. O local onde o avião colidiu fica próximo à fronteira da Argentina com o Chile, chamado de Vale das Lágrimas.
O espaço exato onde a fuselagem do avião caiu, recebeu uma pequena cruz como um monumento aos sobreviventes.
Algo possível de notar entre as fotos de 1972 e de 2023 é a diminuição do nível do gelo e da neve nos Andes, diminuindo a um ritmo acelerado. Curiosamente, ambas as fotos foram tiradas na mesma estação: no fim da primavera e início do verão.
