Os “Backrooms” começaram como uma das mais intrigantes e sinistras creepypastas da internet, e desde então se transformaram em um fenômeno da cultura digital. A lenda começou com uma simples imagem de um ambiente aparentemente comum – um conjunto de corredores infinitos com paredes de um amarelo desbotado, carpete gasto e iluminação fluorescente, sem janelas ou saídas.
A ideia que atrai tantas pessoas para essa história é o conceito de que se alguém “noclipar” (termo de videogame para atravessar paredes) acidentalmente da nossa realidade, cairia nessas “salas traseiras” intermináveis, um mundo paralelo onde o espaço-tempo não faz sentido e onde você está preso sem meios de escapar.
Essa premissa foi criada por usuários no fórum 4chan em 2019 e, desde então, gerou um conjunto de teorias e descrições aterrorizantes de como seria explorar esse “universo paralelo”.
Backrooms: uma viagem entre níveis e o terror psicológico
Os Backrooms têm uma estrutura de níveis que variam em dificuldade e perigos. O “Nível 0”, por exemplo, é descrito como a “recepção” e apresenta corredores intermináveis com cheiro de carpete molhado e a constante sensação de ser observado.
Outros níveis, como o “Nível 1”, lembram um estacionamento antigo, enquanto o “Nível 3” é conhecido como a “Estação Elétrica”, um ambiente sombrio e repleto de tubulações. Alguns níveis, como o “Nível 5”, chamado de “Hotel do Terror”, possuem corredores de hotel antigos que lembram um cenário dos anos 1930.
E há também um oceano gigantesco no “Nível 7” e sistemas de cavernas que formam o “Nível 8”, onde aranhas gigantes e outras entidades horripilantes são frequentes.
Explorar os Backrooms seria um desafio interminável e perigoso, com rumores de que existem até mil níveis e outros subníveis anômalos. Em cada um, os exploradores virtuais devem estar preparados para encontrar entidades misteriosas como os “Smilers” e “Partygoers”, criaturas que vagam nos corredores e intensificam a atmosfera de terror psicológico.
Essa sensação de impotência e a presença de seres hostis compõem grande parte do fascínio que as Backrooms exercem sobre o público, mesclando o horror da solidão e da desesperança com a curiosidade por seus mistérios ocultos.
A popularidade dos Backrooms deu origem a inúmeros conteúdos na internet, como vídeos no YouTube que simularam explorações dos níveis e jogos independentes que replicam a experiência de sobreviver nos ambientes de terror psicológico das salas sem fim.