Ao longo dos anos, o Halloween no Brasil passou de um evento quase exclusivo de escolas de inglês para um fenômeno cultural. Celebrado em 31 de outubro, o Halloween é uma das festas mais emblemáticas da cultura anglo-saxônica.
Surgido há mais de dois mil anos, o Halloween tem raízes no festival celta de Samhain, uma celebração pagã do final do outono no hemisfério norte, quando os antigos celtas acreditavam que as barreiras entre o mundo dos vivos e dos mortos se tornavam mais tênues.
Durante a celebração, eles acendiam fogueiras e vestiam fantasias para afastar os espíritos que, segundo as crenças, rondavam as aldeias. Esse rito de passagem se adaptou ao longo dos séculos e ganhou elementos de festividades cristãs, como o Dia de Todos os Santos e o Dia de Finados.
Com a expansão da cultura americana pelo mundo, o Halloween foi ganhando popularidade em diferentes países, incluindo o Brasil. As abóboras entalhadas, as fantasias sombrias e as crianças pedindo “doces ou travessuras” são imagens típicas que fascinam públicos de todas as idades.
No entanto, essa celebração globalizada é adaptada de formas variadas fora dos EUA. Aqui no Brasil, a festa ganhou um caráter festivo e mais voltado para adultos e adolescentes, que aproveitam a data para se reunirem em festas temáticas, baladas animadas, e eventos escolares, onde o horror se mistura ao misticismo.
Halloween no Brasil é o Dia das Bruxas
Apesar do Halloween norte-americano ter influenciado a comemoração da festividade no Brasil, o sobrenatural já faz parte de algumas culturas pelo país. Um exemplo famoso é o Baile Místico, em Florianópolis, que atrai uma legião de fãs de fantasia, espiritualidade e da cultura oculta que ronda a famosa Ilha da Magia.
Criado em 2019, o evento reúne pessoas fantasiadas de bruxas – e bruxas de verdade –, benzedeiras e outros seres místicos, mas também incorpora elementos do folclore e das tradições brasileiras, como representações de seres encantados da nossa cultura popular.