Se você é usuário assíduo das redes sociais, provavelmente já deve ter se deparado com algum meme da Samira Close, drag queen que ficou famosa na internet pelas suas gameplays caóticas e língua afiadíssima. A personagem é uma criação de Wenner Pereira, um dos produtores de conteúdo para o You Tube de maior sucesso no Brasil.
São mais de 900 mil inscritos no seu canal, que é repleto de entrevistas, vídeos sobre cultura pop e, é claro, suas famosas gameplays — Samira Close é uma verdadeira fera quando o assunto é FreeFire, e ganhou fama durante o auge do jogo na pandemia. A drag queen não tem uma preferência específica por jogos. Em vez disso, ela cria conteúdos baseados nos lançamentos recentes, nas sugestões dos fãs e naqueles títulos que oferecem maior potencial de interação durante as transmissões ao vivo.
Durante suas transmissões ao vivo e sessões de gameplay, Samira também aborda temas relevantes, oferecendo apoio e uma voz para a comunidade LGBTQIAPN+. Seu trabalho vai além da performance drag, criando um espaço inclusivo onde debates sobre identidade, aceitação e direitos podem ocorrer de forma aberta e respeitosa em um ambiente dominado pela heteronormatividade.
Essa abordagem não só fortalece a representatividade LGBTQIA+, mas também educa e sensibiliza seu público, em maioria adolescentes e jovens, sobre a importância da diversidade e inclusão.
Ela já compartilhou que antes de se tornar uma gamer reconhecida, nem sequer computador tinha. Tinha que ir até uma lan house para poder jogar. Hoje, ela é uma força do streaming e suas lives atingem milhares de visualizações.
Mas Samira Close não se conteve apenas com o mundinho das lives e gameplays, e já chegou a prospectar novos rumos para sua carreira como figura pública e artística. “Quero me ver mais como artista. Eu posso fazer tudo. Posso jogar, fazer música, comunicar… e eu quero explorar novos conteúdos. Lançar um álbum, fazer um programa de televisão, trazer coisas novas”, afirmou em entrevista para o Metrópoles.
Samira Close no Super Pop
No início desse ano, a drag estreou como apresentadora do programa Super Pop, no DiaTV, que é exibido nas sextas-feiras, às 20h, e conta com participações especiais para conversar sobre cultura pop, moda, culinária, música e universo geek. O programa, que já era parte do conteúdo da drag, ganhou um novo formato e quadros.
Como primeira convidada do programa, Samira Close recebeu a deputada paulista Erika Hilton, que encantou a todos com seu carisma e opiniões afiadas durante a entrevista. A apresentadora, por sua vez, conduziu a conversa de maneira impecável, criando um ambiente leve e descontraído.
O formato do programa também foi um sucesso, com a participação ativa da plateia e de telespectadores nas redes sociais, permitindo que Samira e Erika se sentissem ainda mais à vontade para “brincar” no palco. Uma das grandes novidades do “SuperPoc” que chamou a atenção nas redes sociais foi o quadro “The-bate boca”, onde Samira Close promoveu debates entre fãs de diferentes artistas. A ideia foi trazer para o palco um fenômeno comum na internet, adicionando uma nova dimensão ao programa.
