Nem mesmo Katy Perry escapou de comparações com o fenômeno BRAT de Charli xcx. Após deixar a carreira musical longe da aclamação do público por alguns anos, Katy deve lançar seu novo álbum,“143”, em 20 de setembro deste ano. Os primeiros singles do álbum, que já foram lançados,“WOMAN’S WORLD” e “Lifetime”, não tiveram uma boa recepção.
A versão britânica da revista GQ teve acesso ao seu novo álbum e não poupou críticas ao trabalho de Perry. A aversão foi tanta que a revista chamou o “143” de “anti-BRAT”, como se fosse o próprio “anticristo” da música pop.
Assim como artistas como Camila Cabello, Katy também foi acusada de se apropriar da estética “alternativa” incorporada por Charli xcx, que está muito em alta no momento. Atualmente, Charli é uma das popstars mais aclamadas pelo público LGBTQ+ e tem vários hits no seu novo álbum.
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O que é “BRAT”?
A expressão “BRAT SUMMER” e a cor verde neon viralizaram nas redes sociais desde junho, após o lançamento do álbum “BRAT”, de Charli xcx. Recheado de músicas electropop e um conceito que glamouriza festas e um estilo de vida mais alternativo, BRAT se tornou mais que um álbum: virou um estilo de vida.
Maquiagem bagunçada, óculos de sol mesmo de noite, festa todos os dias e ícones da moda atual marcaram o chamado “BRAT SUMMER”, ou “verão brat” nos Estados Unidos. A Geração Z amou o álbum e suas referências, tornando BRAT um fenômeno semelhante ao lançamento do filme “Barbie” para os jovens alternativos.
Dessa vez, ao invés do rosa, o verde neon e a tipografia simples do álbum que dominaram as redes sociais fazem presença. Entre as músicas mais famosas de BRAT da Charli xcx, estão os virais “360”, “Apple” e “Girl, so confusing”.
Comparação com Katy Perry e Charli xcx
O auge da carreira de Katy Perry foi na década de 2010, onde produziu hits atrás de hits. “Teenage Dream”, “California Girls” e “Roar” foram algumas da maiores músicas da década e marcaram Katy como um dos maiores nomes do pop naquele momento.
Como toda diva pop, Katy Perry possuía uma fanbase com muitas pessoas da comunidade LGBTQIA+. Quando se afastou um pouco da música e depois tentou retornar algumas vezes com alguns lançamentos que não alcançaram bons números, Perry perdeu boa parte desses fãs fieis.
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Segundo alguns internautas, ao lançar o novo álbum, adotando um visual parecido com o de Charli e com o videoclipe de “WOMAN´S WORLD”, que é uma tentativa desesperada de criar um “hino feminista”, Katy se perdeu na tentativa de recuperar seu público LGBTQIA+.
“Tudo isso culminou em uma narrativa em que Perry é uma artista ultrapassada – uma relíquia dos anos 2010 que não tem chance contra estrelas pop modernas como Charli XCX e Sabrina Carpenter”, é o que diz a crítica da revista GQ Britânica.
Polêmicas de 143 de Katy Perry
A nova “era” de Katy Perry se iniciou com o lançamento do videoclipe de “WOMAN´S WORLD”, que mistura uma música pop genérica com um clipe extremamente caricato do movimento feminista. Tudo piorou quando os internautas perceberam que a música foi co-produzida por Dr. Luke, acusado de ter abusado sexualmente da cantora Kesha.
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Katy veio a público responder às críticas do videoclipe e disse que se tratava de uma paródia e que era para ser “divertido e direto”. O comentário não ajudou, afinal, uma música supostamente feminista produzida por um homem acusado de abuso sexual, não tem muita credibilidade.
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Além das polêmicas com o primeiro lançamento do futuro álbum, a segunda faixa, “Lifetime”, teria sido gravada em locais protegidos, sem autorização. No videoclipe, Katy Perry passeia de moto e lancha nas ilhas de Ibiza e Formentera.
O governo afirmou que a produtora não pediu autorização, e embora a equipe de Perry não tenha cometido um crime, houve uma infração por falta de permissão para filmar no local.