Em uma conversa exclusiva, o renomado autor de telenovelas Daniel Ortiz compartilha insights sobre o processo criativo por trás de suas obras, como “Haja Coração” e “Alto Astral”. Conhecido por entrelaçar humor e drama, Ortiz abre o jogo sobre equilíbrio narrativo, planejamento de enredos e o desenvolvimento de personagens profundos e intrigantes.
Daniel Ortiz enfatiza a importância de humanizar seus personagens, mesmo os mais cômicos. “Acho fundamental que todos tenham seus dramas pessoais e vulnerabilidades”, explica. Essa complexidade permite que o público se identifique mais com cada figura, conhecendo não só seu lado divertido, mas também seus desafios e dramas, proporcionando um equilíbrio que enriquece a trama.
Ortiz revela seu meticuloso processo de planejamento para manter o público engajado. “Eu organizo cada trilha dos personagens em um Excel, garantindo que cada bloco de seis capítulos traga um grande acontecimento”, diz. Esse rigoroso planejamento é crucial para introduzir surpresas e manter a novela dinâmica, embora admita que o ritmo acelerado das gravações às vezes desafie essa organização.
O autor descreve ainda o processo de criação de personagens como uma jornada de empatia e compreensão, até mesmo para os vilões. “Preciso ficar amigo deles, entender suas motivações”, afirma Daniel Ortiz. Segundo ele, o desafio está em estabelecer uma intimidade que pode demorar a surgir, especialmente com personagens complexos. Uma vez superada essa fase, ele consegue explorar suas nuances de forma mais fluída.
Sobre as críticas aos finais de suas novelas, especialmente as escolhas amorosas dos personagens, Ortiz considera as reações um sinal de envolvimento do público. “Quando você tem torcidas apaixonadas, é natural que haja desapontamento”, reflete. Ele vê as críticas como um aspecto positivo, evidenciando que conseguiu transmitir a essência dos relacionamentos de maneira convincente.
Daniel Ortiz em Família é Tudo
Atualmente, Ortiz cativa o público com “Família é Tudo”, uma novela inspirada por um sonho peculiar. “Tive um sonho com uma família que se reunia e ficava presa em uma casa, com a matriarca desaparecida”, relata o autor sobre a gênese da trama atual.
Após tentativas com outras histórias, ele decidiu apostar nesta ideia, que já demonstra ser um novo sucesso em sua carreira. As revelações de Ortiz não apenas destacam seu talento e dedicação, mas também oferecem uma janela para o coração pulsante das narrativas que dominam as telas brasileiras.