Os vídeos de urso-panda estão entre os mais indicados por quem gosta de dar algumas risadas com o mundo animal. Afinal, esses ursos são conhecidos por serem atrapalhados e brincalhões, oferecendo sempre ótimas cenas! Mas além disso, os pandas também reúnem várias curiosidades interessantes e, para você saber mais, reunimos 5 delas a seguir:

1 – Filhotes pequeninos: os filhotes de panda nascem com cerca de 120 gramas, com pouquíssimos pelos e cegos, o que exige um grande cuidado da mamãe panda. Por isso, eles vivem com a mãe até completarem dois anos. Aliás, com cerca de 1/900 vezes o tamanho da mãe, os pandas são os menores filhotes entre os mamíferos placentários quando comparados ao tamanho das fêmeas.

2 – Dieta quase 100% de bambu: os pandas pertencem à ordem dos carnívoros e, inclusive, contam com um sistema digestivo compatível com a ingestão de carne. Porém, a evolução da espécie tornou esse animal herbívoro e, atualmente, eles se alimentam 99% de bambus. Aliás, eles processam muito bem a celulose presente nessa planta, porém, como ela não gera muita energia, eles passam muito tempo se alimentando.

3 – Reprodução difícil: o urso-panda vive uma vida solitária e, por isso, machos e fêmeas se encontram apenas na época da reprodução. E essa época é curta, já que as fêmeas só aceitam a cópula em um período de cerca de três dias, o que dificulta a procriação. Aliás, quando os pandas figuravam na lista de espécies ameaçadas de extinção, veterinários tentaram usar viagra e até filmes pornô para estimular os machos.

4 – Comunicação pelo cheiro: justamente pela vida solitária, os pandas não são muito “falantes”, mas vocalizam em algumas situações, como o acasalamento. O forte da comunicação se dá mesmo pela marcação de cheiros e, assim, é comum que os animais esfreguem suas glândulas anais em locais nos quais queiram “marcar território”. Eles podem até plantar bananeira para alcançar os lugares mais altos das árvores com a sua mira.

5 – Olhos de “gato”: ao contrário de outras espécies de urso, os pandas não têm pupilas circulares, mas sim em formato alongado e vertical, como os gatos. Além disso, são fáceis de identificar pela pelagem branca e preta que, aliás, cobre uma pele grossa, com o dobro da espessura da pele humana. Outra curiosidade é um osso protuberante no pulso, que serve como um polegar.

Você sabia que, assim como os seres humanos, alguns animais também têm impressões digitais? Na maioria deles, essas impressões estão em outras partes do corpo e não na ponta dos dedos, porém, funcionam igualmente como padrões exclusivos capazes de identificar cada indivíduo. Confira algumas das espécies que poderiam ter um RG para chamar de seu:

1 – Zebra: elas são brancas com listras pretas ou pretas com listras brancas? Na verdade, o que mais importa é que cada zebra tem o seu próprio padrão de listras e, embora parecidas, nenhuma é igual à outra nesse sentido.

2 – Gato: você já olhou bem para os focinhos dos seus gatos? Se verificar, vai ver que eles contam com pequenas ranhuras, muito parecidas com as digitais dos humanos. E esse padrão é diferente de gato para gato, tornando cada bichano único.

3 – Cachorro: outro pet que também conta com impressões digitais é o cão. Se reparar nos focinhos dos seus cachorros, vai notar alguns padrões que são diferentes em cada um. Em alguns países, essas impressões já têm sido usadas para identificá-los, como os chips no Brasil.

4 – Coala: as impressões digitais desses animais estão presentes em suas patas dianteiras e traseiras e são muito semelhantes às dos humanos, tanto que já foram até confundidas em casos criminais. E por serem tão importantes, as digitais dos coalas são muito usadas em pesquisas sobre a espécie.

5 – Primatas: todos os primatas contam com impressões digitais nas pontas dos dedos, que também se destacam pela semelhança com a dos humanos. Nessa lista, entram chimpanzés, macacos, gorilas, lêmures e todas as outras espécies que fazem parte da família.

6 – Onça-pintada: as pintas que dão o nome às onças dessa espécie são justamente o que as tornam únicas, mesmo entre indivíduos da mesma família. Chamadas de rosetas, essas grandes manchas são diferentes em cada animal da espécie.

7 – Baleia-franca: longe da terra, a baleia-franca também se destaca por contar com padrões únicos que identificam cada indivíduo. No caso dessa espécie, tratam-se das calosidades aparentes em cima da cabeça e que são diferentes em cada uma das baleias.

Basta pensar em hibernação que muita gente logo lembra dos ursos, não é? De fato, eles são um dos animais mais lembrados quando se trata desse processo essencial para a sobrevivência de diferentes espécies durante invernos de frio rigoroso e baixa oferta de comida. Mas ao contrário do que aprendemos, os ursos não hibernam, pelo menos não como a ciência descreve a hibernação.

O que é a hibernação?

A hibernação é uma estratégia utilizada por muitos animais para sobreviverem a invernos rigorosos, nos quais a temperatura cai drasticamente e a oferta de comida também acaba reduzida. O objetivo é se proteger do frio e guardar energia, além de evitar passar fome ou brigar por alimento.

Quando um animal hiberna, as suas taxas metabólicas caem significativamente. Um exemplo ocorre com o lêmure anão, capaz de reduzir seus batimentos cardíacos  de 180 para 8 batidas por minuto. Já a marmota, outra famosa hibernadora, pode diminuir sua temperatura corporal de 37°C para 2°C.

Durante esse período, a respiração dos animais que hibernam quase cessa, e eles também não fazem xixi ou fezes, assim como não se alimentam. Aliás, antes da hibernação, os animais de sangue quente comem muito para ganhar peso e queimar gordura durante a hibernação.

Por que os ursos não hibernam?

Quem vê um urso dormindo em uma caverna durante o inverno pode mesmo achar que ele está no processo de hibernação. Porém, os cientistas têm caracterizado esse fenômeno como algo diferente, muitas vezes chamado de torpor.

Acontece que, apesar de comer muito antes do inverno, podendo engordar até 1,5 kg por dia, o urso não apresenta taxas metabólicas tão baixas durante a sua “soneca”. Na verdade, estima-se que a sua temperatura corporal caia apenas 5°C durante o fenômeno, muito abaixo do que faz a marmota, por exemplo.

Além disso, os ursos podem comer, urinar, defecar e até dar à luz durante esse fenômeno, além de se manterem em alerta para qualquer ataque. Ou seja, não se trata exatamente de uma hibernação! E você, ficou surpreso com essa descoberta?

A aparência pré-histórica do tubarão-cobra é um indício de sua idade. Essa espécie é considerada um fóssil vivo pelos cientistas, e não à toa: afinal, fósseis indicam que esse animal já vivia nos oceanos há cerca de 80 milhões de anos e, aliás, pouco parece ter mudado em suas características desde então.

O tubarão-cobra (Chlamydoselachus anguineus) é um predador ativo, como outros tubarões, porém não representa risco aos humanos. Ele se alimenta de peixes, lulas e até de tubarões menores, com a ajuda de uma grande mandíbula com cerca de 300 dentes pontiagudos.

Com cerca de dois metros de comprimento, esse tubarão lembra a aparência de uma enguia, graças ao corpo esguio e à movimentação em forma de serpentina. Porém, a espécie é pouco vista pelos humanos, já que habita o fundo dos oceanos, a, pelo menos, 600 metros de profundidade.

Tubarão-cobra tem a maior gestação do mundo animal

As poucas aparições, aliás, dificultam que o animal seja estudado, mas já se sabe alguns fatos muito interessantes sobre ele. Um estudo realizado por pesquisadores japoneses, por exemplo, indica um aspecto surpreendente a respeito da reprodução do tubarão-cobra.

De acordo com a pesquisa, feita com 264 animais, a gestação das fêmeas pode levar até três anos e meio, o que torna essa a espécie com a gravidez mais longa do mundo animal. A título de exemplo, entre os mamíferos, as elefantes apresentam o maior período de gravidez, com 22 meses.

Segundo o mesmo estudo, as fêmeas não têm uma temporada de reprodução definida e, depois da longa gestação, nascem em média seis filhotes, com cerca de 380 g. Essa espécie é ovovípara, o que significa que os embriões se desenvolvem em ovos dentro da fêmea.

As informações a respeito do tubarão-cobra ainda são restritas, resultantes de animais em cativeiro ou que acabam presos por acidente em redes de pesca e são trazidos à superfície. Aliás, essa é uma das maiores ameaças à espécie, embora o tubarão-cobra não seja alvo da pesca comercial.

Conforme a IUCN (Lista Vermelha da União Internacional para a Conservação da Natureza e dos Recursos Naturais), há pouca preocupação sobre a extinção do animal. Contudo, a população total da espécie não é conhecida.