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Conteúdo sobre cobras, esses animais fascinantes que habitam a natureza

Muçurana: descubra a “cobra do bem” que se alimenta de outras cobras

Você já ouviu falar na muçurana? Esse nome popular é dado a diferentes espécies de cobras que se alimentam de… outras cobras! Sim, na dieta dessa serpente estão inclusive cobras venenosas e muito conhecidas pelo perigo que representam, a exemplo das jararacas, cascavéis e urutus. 

Ela mata suas vítimas por constrição, isto é, se enrola em volta da outra cobra e a sufoca. Para evitar que a presa tente mordê-la, ela começa a se alimentar justamente pela cabeça da serpente e, depois, engole-a inteirinha, em uma cena que certamente chocaria muita gente.

Esse hábito de comer serpentes, aliás, tem um nome: ofiofagia. Ele foi descoberto pelo pesquisador e médico Vital Brazil, que também foi o fundador do Instituto Butantan. De acordo com a instituição, a primeira muçurana estudada por Brazil matou e comeu 17 jararacas no período de um ano.

Mas é bom as muçuranas irem com calma porque, entre as serpentes, há uma capaz de matá-la: a coral-verdadeira, que tem o veneno mais letal entre as cobras brasileiras. Apesar de ser imune ao veneno das demais, a muçurana não é capaz de se proteger do veneno dessa serpente.

Muçurana também é conhecida como limpa-campo

A muçurana tem tamanho variado de acordo com a espécie, podendo chegar a 2,5 m. Mas apesar de grande e assustadora, ela não é venenosa e, por isso, acaba sendo inofensiva para humanos. Aliás, essa característica, junto ao fato de matar outras cobras, lhe rendeu o apelido de cobra do bem.

Outro apelido das muçuranas é “limpa-campo”, o que se deve ao fato de que elas também comem pequenos mamíferos, como ratos, além de aves e lagartos. Algumas espécies apresentam hábitos diurnos enquanto outras são noturnas, vivendo geralmente em matas e perto da água.

Outra característica interessante sobre ela é a aparência, já que pode mudar de cor ao longo da vida. Quando mais jovens, podem ser rosa ou laranja, e vão escurecendo até chegar a um azul escuro e preto já na fase adulta, o que também a faz ser conhecida como “cobra-preta”.

No Brasil, é comum encontrar as muçuranas na faixa Leste do país, em estados como Paraíba, Minas Gerais, Pernambuco, Bahia e Maranhão. Sua presença é importante pois ajuda a controlar a população de cobras venenosas, além de diminuir os acidentes envolvendo essas espécies.

Olhos de coruja e cabeça de cobra? Conheça esse animal impressionante

Tem olhos de coruja e cabeça de cobra, mas não é pássaro nem réptil: estamos falando da curiosa e surpreendente borboleta-coruja, que usa sua aparência peculiar para enganar predadores e fugir de ameaças, além de impressionar seus admiradores pela beleza!

Com nome científico de Caligo beltrao, essa borboleta impressiona pelos seus disfarces. Aliás, essa técnica tem um nome, mimetismo, que trata da adaptação de alguns animais para desenvolverem aspectos físicos semelhantes a de outras espécies predadoras, a fim de se proteger na natureza.

No caso da borboleta-coruja, isso ocorre de duas maneiras: a primeira são as grandes manchas em tons de preto e marrom em suas asas, que reproduzem os olhos de uma coruja. Quando abrem as asas, as manchas acabam assustando predadores que pensam se tratar de um animal muito maior.

Já a segunda pode ser vista principalmente quando a borboleta-coruja está em repouso: o desenho superior das asas remete à cabeça de uma cobra, o que, é claro, também ajuda a afugentar possíveis predadores dessa espécie. Aliás, as vespas são um dos seus principais inimigos, pois costumam furar as asas da borboleta para depositar seus ovos que, depois, se tornarão larvas e novas vespas.

E a beleza da borboleta-coruja não se limita apenas a seus disfarces. Nas suas costas, no também chamado lado externo, ela apresenta uma cor azul vibrante com detalhes em preto que impressiona pela beleza, embora não tenha nenhum papel contra seus oponentes na natureza.

Os voos noturnos da borboleta-coruja

Além de levar o nome da coruja, essa espécie peculiar de borboleta também apresenta um hábito muito semelhante ao da coruja: o de voar ao anoitecer. Aliás, ela é típica da América do Sul e pode ser vista na região Leste do país, na Mata Atlântica.

Essa é também uma das maiores borboletas que existem, pois sua envergadura pode chegar a 18 cm. A má notícia é que ela vive pouco: após se tornar borboleta, costuma viver cerca de três meses. Já o processo de metamorfose completo é de aproximadamente cem dias.

Cobra-de-duas-cabeças existe? Veja o que se sabe sobre esse animal

Você já ouviu falar na cobra-de-duas-cabeças? Só de imaginar uma serpente assim, muitas pessoas já ficaram assustadas! Mas a verdade é que, apesar de famosa, essa espécie não tem duas cabeças. E além disso, nem mesmo é uma serpente. Ou seja, ela engana no nome todo.

O primeiro equívoco no nome está na espécie desse animal. É que apesar de ter o corpo alongado, não apresentar membros e rastejar no chão, características que remetem às cobras, ela não faz parte dessa família. Na realidade, trata-se de uma anfisbena, que também é um réptil.

Já a parte das “duas cabeças” também é enganosa, já que a “segunda” cabeça é, na verdade, a cauda do animal. A confusão ocorre porque, diferente das serpentes, que têm a cauda afunilada, a cauda desse réptil é arredondada e apresenta uma espessura muito semelhante à da sua cabeça.

E essa característica, aliás, é muito usada pela cobra-de-duas-cabeças para se defender de possíveis predadores: isso porque, quando um adversário aparece, ela levanta e movimenta a cauda fazendo com que ele se engane. Com isso, ela ganha tempo para atacá-lo com a cabeça verdadeira!

Cobra-de-duas-cabeças é pouco vista por humanos

A cobra-de-duas-cabeças é uma espécie curiosa, mas apesar disso é pouco vista pelos humanos. Isso ocorre porque elas passam grande parte do tempo no subsolo, onde vivem. Já no pouco tempo que estão na superfície, gostam de ficar embaixo de folhas e áreas mais “escondidas”.

Justamente porque vive a maior parte do embaixo da terra, a cobra-de-duas-cabeças apresenta olhos pequenos e pouco desenvolvidos, assim como a chamada cobra-cega. Aliás, essa espécie apresenta uma cabeça extremamente dura, que é muito útil para cavar com agilidade e eficiência os seus túneis na terra. 

Já em sua dieta estão minhocas, cupins, formigas e larvas. Vale destacar que esse animal de porte pequeno a médio não tem veneno, mas algumas das espécies são capazes de morder, e com força, causando ferimentos. Por isso, se encontrar uma delas algum dia, é melhor não perturbá-la!

Se correr o bicho pega: veja quais são as 3 cobras mais rápidas do mundo

Sabe o ditado “se correr o bicho pega, se ficar o bicho come”? Certamente deve ser assim o encontro com uma das três cobras mais rápidas do mundo, que impressionam pela velocidade de rastejo. Veja quais são elas e se impressione com a agilidade dessas serpentes!

1 – Cascavel-chifruda

Cascavel chifruda é uma das cobras mais rápidas do mundo – Foto: Victorrocha

Moradora de regiões áridas e desérticas nos Estados Unidos e no México, a cascavel-chifruda atinge incríveis 29 km/h ao se mover pela areia em um movimento ondulado rápido, ideal para atacar suas presas ou ainda fugir de possíveis predadores. 

Em sua idade adulta, ela chega a cerca de 75 cm de comprimento e passa as horas mais quentes do dia escondida ou mesmo enterrada na areia. Já à noite, a cascavel-chifruda costuma sair para caçar o principal prato da sua dieta: os roedores.

2 – Mamba-negra

Mamba Negra é outra na lista das cobras mais rápidas do mundo- Imagem de F. Muhammad por Pixabay

Com capacidade de rastejar a 20 km/h, a mamba-negra também figura entre as cobras mais rápidas do mundo. E esse não é o seu único destaque: podendo chegar a 4,5 metros de comprimento, ela é considerada a maior serpente venenosa da África e também a mais letal por causa de seu veneno.

O nome mamba-negra não tem relação com a sua aparência exterior, já que essa cobra é geralmente verde ou cinza. Na verdade, é o interior da boca dessa espécie que tem a tonalidade preta ou azulada e que acaba exposto quando o animal se sente ameaçado.

3 – Corredora-negra-do-sul

Corredora Negra do Sul completa nossa lista das cobras mais rápidas do mundo- Foto: Bobyellow

Só o nome dessa cobra já mostra que ela é mesmo ágil: a corredora-negra-do-sul pode alcançar até 16 km/h, velocidade perfeita para atacar suas principais vítimas: sapos, rãs, roedores e lagartos. Com cerca de 1,4 m de comprimento, ela também é muito leve, o que ajuda na sua agilidade.

A corredora-negra-do-sul vive nos Estados Unidos, geralmente em pastagens e áreas rochosas, e como é bastante ativa, não é difícil encontrá-la durante o dia. Vale destacar que, apesar de sua rapidez, essa espécie não é venenosa e mata suas presas por constrição. 

Já viu uma cobra com 2 cabeças? Elas existem e são surpreendentes

Se as cobras já botam medo em muita gente, imagina então uma cobra com 2 cabeças! Apesar de ser um fenômeno considerado raro, há alguns registros de serpentes que nasceram com uma cabeça a mais e surpreendem pela aparência curiosa.

Essa condição é conhecida como bicefalia e, segundo o Instituto Vital Brazil, ocorre uma vez a cada cem mil nascimentos. Aliás, em abril de 2023, uma jararaca da instituição deu à luz um filhote com duas cabeças, mas que nasceu morto e será objeto de estudos sobre esse fenômeno.

Já na África do Sul, Nick Evans, que trabalha com o resgate de serpentes, foi acionado depois que um morador encontrou uma cobra com duas cabeças no próprio quintal, na cidade de Durban. O animal da espécie Dasypeltis inornata media cerca de 30 cm.

Ao observar a cobra, Nick percebeu que as cabeças por vezes tentavam seguir em direções opostas, o que dificultava seus movimentos e tornava a serpente lenta. Essa característica, aliás, contribui para que as cobras bicefálicas tenham baixa expectativa de vida, já que torna mais difícil se defender.

Vale destacar que a bicefalia ocorre quando dois gêmeos monozigóticos (originados em um mesmo zigoto) acabam não se separando durante o desenvolvimento embrionário e, por consequência, passam a dividir partes do mesmo corpo.

Não confunda cobra com 2 cabeças e cobra-de-duas-cabeças

Apesar de soar a mesma coisa, a cobra-de-duas-cabeças não é, na verdade, uma serpente. Trata-se de um réptil chamado anfisbena, que vive a maior parte do tempo abaixo do solo. 

A confusão com o nome se dá porque a cauda desse animal apresenta espessura semelhante à de sua cabeça, dando a impressão de que é uma cabeça também. Essa característica, aliás, é usada pelo animal para enganar os seus inimigos.

Já quando se fala de cobra com 2 cabeças, trata-se mesmo desses registros raros de serpentes que nascem com duas cabeças em um mesmo corpo, uma ao lado da outra.

Cobra-de-vidro não é cobra: entenda o que é esse animal que engana pelo nome

Se tem nome de cobra é cobra, não é? Não no caso da cobra-de-vidro! Apesar do nome e de ser, de fato, muito semelhante a uma serpente, esse animal na verdade é um lagarto. E o “vidro” que faz parte do seu nome, aliás, tem uma explicação relacionada à sua verdadeira identidade.

A confusão no nome acontece porque a cobra-de-vidro tem o corpo alongado, como uma serpente, e parece rastejar sem patas, também como uma cobra. Porém, apesar de não ter membros anteriores, ela apresenta membros posteriores, embora muito pequenos e quase imperceptíveis.

Dessa forma, ainda que faça parte dos répteis como as cobras, a cobra-de-vidro é um lagarto. E aliás, o termo “vidro” tem uma relação direta com uma característica muito conhecida dos lagartos, assim como muito importante para que eles se protejam de predadores.

É que como outros lagartos, essa espécie apresenta autotomia, que é a capacidade de “soltar” a sua cauda quando se sente ameaçada por um predador. Quando isso ocorre, o inimigo acaba distraído com a cauda, que segue se mexendo, enquanto o lagarto tem a chance de fugir ou atacar.

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E quando a cobra-de-vidro solta a sua cauda, o processo se parece muito com o efeito de um vidro quebrado, e é por isso que ela ganhou esse nome popular. A espécie também é conhecida como “quebra-quebra” em alguns lugares pelo mesmo motivo.

Vale destacar que a cauda da cobra-de-vidro, assim como de outros lagartos, é capaz de se regenerar após a autotomia. Contudo, essa regeneração acaba gastando muita energia e pode até atrapalhar o desenvolvimento do animal. 

Cobra-de-vidro tem veneno?

Como tem nome de cobra, muitas pessoas ficam em dúvida sobre a cobra-de-vidro tem veneno. No entanto, como todos os lagartos, essa espécie não tem veneno e nem mesmo oferece risco aos humanos, embora possa morder caso seja incomodada.

A cobra-de-vidro é pequena, não ultrapassa 40 centímetros de comprimento, e ocorre em alguns países da América do Sul, como Brasil, Argentina e Uruguai. Além disso, gosta de viver em áreas mais abertas e úmidas e se alimenta de insetos e de suas larvas e ovos.

VÍDEO: Cervo é flagrado comendo serpente

Quem assistiu ao filme Bambi, possivelmente se lembra do cervo como um animal dócil e que come a sua graminha em paz na floresta. E é por causa desse imaginário que muitas pessoas se assustaram ao ver a cena de um cervo mastigando uma… cobra!

O vídeo começou a viralizar no início deste mês e, em apenas uma publicação no Twitter, já ganhou mais de 17 milhões de visualizações. Na legenda, a autora do post escreve: “eu vi um cervo comendo uma cobra pela primeira vez. Os cervos não se alimentam de grama?”.

As imagens gravadas de dentro de um carro mostram o cervo em pé, às margens de uma rodovia, mastigando uma comprida serpente. Enquanto o animal abocanha uma das extremidades da cobra, o resto do corpo do réptil fica pendurado, prestes a virar comida também. Veja o vídeo:

https://twitter.com/TheFigen_/status/1667900972549455873

O vídeo impressionou muitas pessoas que imaginavam que o cervo comia apenas vegetais, já que é um animal herbívoro. Porém, logo surgiram especialistas e outros internautas explicando que, apesar de serem mesmo herbívoros, outros tipos de alimentos podem ser incluídos em sua dieta.

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No Brasil, o biólogo Henrique Abrahão, que faz sucessos com vídeos sobre o comportamento animal, explicou que uma cena como essa é rara. “Esporadicamente podem sim provar animais que estão mortos, podendo até predar. É raro, mas já vi um vídeo de um cervídeo predando um coelho. É comum isso? Não, é extremamente raro e pode estar relacionado a deficiência em cálcio”, disse.

Mas o cervo pode ser envenenado pela cobra?

Diante disso, alguns internautas ainda questionaram se o animal poderia morrer ao ingerir a cobra. O biólogo destacou que, embora não seja possível saber a espécie da serpente em questão, o veneno precisaria ser injetado, e não apenas ingerido, para causar mal à saúde do animal.

E além da descoberta, muitas pessoas brincaram com a situação: “esse não é vegano”, escreveu um internauta. “Graças às câmeras ou ainda estaríamos com a impressão de que são inocentes”, brincou outro. E você, já sabia dessa parte incomum da dieta do cervo?

A cobra-cega é mesmo cega? Entenda as características da cecília

Quando se fala em cobra-cega, muita gente fica em dúvida: afinal, ela é cega mesmo? A verdade é que se algo não faz sentido no nome desse animal, também chamado de cecília, é a parte da “cobra”. Isso porque a espécie não é uma serpente, como muitos imaginam.

Apesar do corpo semelhante ao das cobras e do nome que carrega, a cobra-cega é na verdade um anfíbio. Ela tem um corpo comprido, marcado por anéis, e não conta com membros para se locomover. Estima-se que haja mais de 180 espécies de cobras-cegas em todo o mundo.

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Mas, afinal, a cobra-cega é mesmo cega? Enquanto algumas das espécies desse animal sequer apresentam olhos, outras até contam com eles. Porém, são muito pequenos ou imperfeitos e não permitem que os indivíduos formem imagens. Na prática, os olhos só detectam a presença ou ausência de luz.

A maioria das espécies de cobra-cega vive em galerias no solo, característica chamada de hábito fossorial. Elas se alimentam de formigas, minhocas e cupins e passam praticamente toda a vida embaixo da terra, com exceção de algumas espécies com hábitos aquáticos.

Para viver abaixo do solo, a cobra-cega conta com um crânio forte e músculos por todo o corpo, o que permite que seja ótima na tarefa de escavar. Ela também apresenta tentáculos na cabeça que não são só para enfeite: eles são sensoriais, o que permite reconhecer o ambiente por meio do toque, o que é uma ajuda e tanto para sobreviver nas galerias. 

Cobra-cega é venenosa?

E falando em sobrevivência, saiba que a cobra-cega tem veneno: ela conta com glândulas na pele que podem ocasionar o envenenamento de possíveis predadores que tentam comê-la. Além disso, ela também pode liberar veneno pela mordida.

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E o nome cecília, vem de onde? A palavra vem do latim cecus, que significa cego. Ou seja, mais uma forma de descrever a ausência dos olhos, ou a presença rudimentar da visão, nessa espécie pouco vista pelos humanos, justamente por viver em galerias no solo.

VÍDEO: Criança encontra cobra de 1,5 metro dentro de vaso sanitário

Se você é daquelas pessoas que sempre dão uma olhadinha no vaso sanitário antes de se sentar para garantir que não tem nada estranho lá dentro, provavelmente ficaria apavorado com a cena vista por uma criança na Austrália: é que ela encontrou uma cobra enorme justamente antes de usar o banheiro.

O aluno do ensino fundamental estava em um clube esportivo quando foi ao banheiro. O problema é que, ao levantar a tampa do vaso sanitário, encontrou uma píton de 1,5 metro de comprimento lá dentro, o encarando de frente.

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Como era de se esperar, o menino saiu correndo para contar o que viu a um adulto, que por sua vez acionou Steve Brown, um manipulador de cobras que atua em um centro de captura e resgate de cobras na região de Queensland, onde tudo aconteceu.

A cobra em questão era uma Morelia spilota mcdowelli, mais conhecida como píton-tapete-costeira, uma espécie muito comum na área. “Na maioria das vezes elas são muito dóceis, mas podem causar uma mordida desagradável se sentirem ameaçadas”, disse Brown ao site Newsweek.

Porém, não foi o caso da píton-tapete-costeira encontrada no vaso sanitário: “ela estava muito calma e acho que ficou agradecida por ter sido removida”, brincou Brown. Esse tipo de cobra não tem veneno e mata as suas presas por constrição, isto é, sufocando-as com o próprio corpo.

Que cobra é essa?

A espécie pode ter até quatro metros de comprimento, embora a maior parte dos indivíduos chegue a cerca de 2,5 metros na idade adulta. Essas cobras, aliás, são muito comuns naquela região, mobilizando muitos resgates todas as semanas, tanto que essa já foi a terceira vez que o manipulador de serpentes resgata uma delas em um banheiro.

A principal suspeita de Brown é que as cobras entram no sistema de esgoto em algum ponto da rede ou mesmo pela grade de inspeção dos imóveis e, assim, acabam aparecendo no vaso sanitário e dando sustos desagradáveis em quem tenta usar o banheiro.

VÍDEO: Cobra gigante engole crocodilo de 1,5 m inteiro em imagem impressionante

Uma cena impressionante tem viralizado na internet e deixado muita gente assustada sobre como as cobras podem devorar presas enormes. Isso porque o vídeo mostra um crocodilo sendo retirado de uma cobra gigante, mais precisamente uma píton birmanesa, e o mais surpreendente: o animal foi engolido inteiro.

As imagens foram divulgadas pela cientista Rosie Moore, que trabalha com pesquisas no Parque Nacional de Everglades, localizado na Flórida, nos Estados Unidos. Nas fotos e vídeos, é possível ver como o crocodilo de 1,5 metro permaneceu inteiro dentro da cobra. Confira:

A pesquisadora conta que a píton birmanesa com cerca de cinco metros de comprimento foi capturada e entregue já morta por moradores da região ao laboratório. Assim, foi possível fazer não só a necropsia, mas também a coleta de outras amostras para pesquisas sobre a espécie.

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A ideia da caça e morte dessa espécie pode parecer ruim, mas é incentivada nos Estados Unidos. Isso porque a píton birmanesa é uma cobra gigante considerada espécie invasora no território. “Essas cobras invadiram com sucesso áreas ecologicamente sensíveis, como o Parque Nacional de Everglades”, explica Rosie.

Essa espécie de cobra gigante chegou da Ásia nos anos 1970 como animal de estimação, mas o abandono dos indivíduos se tornou um problema principalmente na Flórida. “Isso representa uma ameaça para uma variedade de vida selvagem devido às amplas preferências alimentares das pítons”, complementa. Afinal, por não ser uma espécie nativa, essa cobra sequer tem predadores no local.

Como essa espécie de cobra gigante mata suas presas

A píton birmanesa não tem veneno e mata por constrição, isto é, sufocando suas presas. E com um tamanho que pode ultrapassar seis metros de comprimento e 100 kg de peso, não é difícil imaginar que muitos animais podem acabar virando parte do seu cardápio.

Para proteger as outras espécies da fauna local, existe inclusive um programa que paga caçadores de cobras para capturar essa espécie. Há bônus para serpentes de grande comprimento e até para quem encontrar ninhos com ovos da espécie.